Quinta-Feira, 18 de Novembro de 2010

Zootecnia: egresso faz doutorado e quer investir na docência

Formado em 2001 pela Unoeste, Fábio Bittencourt desenvolve estudos na área de Aquicultura no campus da Unesp de Jaboticabal

  • Foto: Cedida Zootecnia: egresso faz doutorado e quer investir na docência Pesquisas estão ligadas à nutrição e reprodução de matrizes de pacu Piaractus mesopotamicus, mantidas em tanques-rede no reservatório da Itaipu
Seguir carreira como docente e dar continuidade aos trabalhos de pesquisa. Estes são alguns dos objetivos que norteiam os estudos do egresso do curso de Zootecnia da Unoeste, Fábio Bittencourt. Formado em 2001, ele atualmente faz doutorado no Centro de Aquicultura da Unesp (Caunesp) – campus de Jaboticabal (SP). “Meu trabalho está relacionado à nutrição e reprodução de matrizes de pacu Piaractus mesopotamicus, mantidas em tanques-rede no reservatório da Itaipu Binacional. Neste experimento elaborei quatro rações contendo níveis distintos de proteína bruta (18, 24, 30 e 36%) e, posteriormente, forneci estas amostras para reprodutores da espécie. Após seis meses de alimentação, no período reprodutivo da espécie (outubro-fevereiro), realizei os procedimentos necessários para a reprodução dos pacus. Por se tratar de um peixe reofílico, ou seja, que precisa migrar para atingir as condições fisiológicas ideais para se proliferar, as metodologias aplicadas em cativeiro pretendem induzir a formação final dos ovócitos no caso das fêmeas ou dos espermatozóides no caso dos machos. Assim, com o material extrusado (ovócito, espermatozóide, ovo fecundado, larva, etc) poderei analisar e concluir qual dieta proporciona melhores resultados reprodutivos”, explica Bittencourt. Ele destaca que na área nutricional os custos podem atingir em torno de 60 a 70% do total para a produção de peixes e que o estudo que desenvolve tem grande importância para este campo, pois definirá o teor proteico ideal para os pacus mantidos em tanques-rede. “O nutriente mais oneroso para a dieta dos peixes é a proteína, portanto, quando fornecido em teores menores resultam em índices zootécnicos satisfatórios, proporcionando desempenho reprodutivo excelente do ponto de vista econômico e produtivo”. A coordenadora do curso de Zootecnia da Unoeste, Ana Cláudia Ambiel, revela que além da área da pesquisa, muitos são os campos de atuação do zootecnista. “Este profissional pode trabalhar com melhoramento genético, nutrição, saúde e alimentação animal, gerenciamento, administração e consultorias para empresas rurais. Existem também excelentes oportunidades de atuação nas diferentes regiões do Brasil, em propriedades rurais, institutos de pesquisa e laboratórios, em industrias de rações e suplementos para a alimentação animal, entre outros”. Ana Cláudia acrescenta que a docência é uma das promissoras funções deste profissional. “Existe uma grande procura por professores de zootecnia, tanto no Ensino Médio quanto no Superior. Os egressos que dão continuidade aos estudos através de mestrados e doutorados, podem atuar neste segmento e se destacar no mercado de trabalho”.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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