Quarta-Feira, 1 de Dezembro de 2010

Produtos de origem animal dependem dos zootecnistas

Relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação revela aumento considerável no consumo; zootecnista tem importante papel dentro deste cenário

  • Foto: Cedida Produtos de origem animal dependem dos zootecnistas Pedro Diego Faria de Araújo, egresso da Unoeste atua em região conhecida mundialmente pela criação de zebuínos
  • Foto: Cedida Produtos de origem animal dependem dos zootecnistas Estudos na área da ovinocultura estão entre os trabalhos desenvolvidos pelos acadêmicos de Zootecnia da Universidade
  • Foto: Cedida Produtos de origem animal dependem dos zootecnistas Diversas instalações são disponibilizadas para atividades práticas, entre elas a Fazenda Experimental, em Presidente Bernardes
De acordo com o relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o setor da pecuária está passando por rápido crescimento. Cerca de 40% do valor global da produção agrícola corresponde pela área, que apóia a subsistência e a segurança alimentar de cerca de 1 bilhão de pessoas. Mundialmente, contribui com 25% de proteínas na dieta, pois os produtos de origem animal fornecem micronutrientes essenciais que não são facilmente obtidos a partir de vegetais. Segundo as estimativas da FAO, para atender a crescente demanda, espera-se que a produção anual aumente de 228 milhões de toneladas atualmente para 463 milhões em 2050, com uma elevação estimada da população bovina de 1,5 bilhão para 2,6 bilhões, e da população de caprinos e ovinos de 1,7 bilhão para 2,7 bilhões. Segundo o presidente da Comissão de Zootecnistas do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), Henrique Luís Tavares, a evolução técnico-científica na área de abrangência da Zootecnia e a abertura de novos mercados, tanto nacionais quanto internacionais, proporcionam um crescente interesse pela formação e absorção destes profissionais no mercado de trabalho. “Até o início do ano 2000 o Brasil contava com 35 cursos superiores de Zootecnia, hoje são mais de 100, distribuídos em faculdades e universidades de todas as regiões do país”. Ele acrescenta que atualmente o sistema formado pelos Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária (CFMV/CRMVs) – que é por enquanto o órgão oficialmente responsável pela fiscalização do exercício da profissão no Brasil – conta com 12.612 profissionais inscritos, sendo que 8.222 estão em exercício pleno de suas atividades. Existem no Estado de São Paulo, mais de 3 mil zootecnistas inscritos, formados por cerca de 12 Instituições de Ensino Superior. Diante destes dados, o mercado de trabalho tem grande necessidade por pessoas qualificadas e que possam atuar nos setores ligados à produção de alimentos de origem animal. O curso de Zootecnia da Unoeste oferece aos seus alunos conhecimentos relacionados à ciência da produção animal, essenciais na geração e aplicação de informações científicas e tecnológicas para a criação comercial dos animais, por meio do estudo da genética, nutrição e manejo, que impulsionam o aumento da produtividade e rentabilidade dos sistemas de produção. A coordenadora desta graduação, Ana Cláudia Ambiel, afirma que o principal objetivo das atividades desenvolvidas durante as aulas é constituir profissionais com sólida base de conhecimentos científicos e tecnológicos nos diversos campos de atuação. “Consciência ética, visão crítica e global da conjuntura econômica, social, política, ambiental das diversas regiões do Brasil e do mundo, além da capacidade de comunicação e integração entre os vários agentes que compõem os complexos agroindustriais, possuindo um raciocínio lógico, interpretativo e analítico que permite a identificação e solução de problemas, são algumas das metas que buscamos alcançar ao término do curso”. Ela revela que a formação dos acadêmicos possui um diferencial na Unoeste. “Os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) desenvolvidos no 7º e 8º termos, devem ser obrigatoriamente um projeto de pesquisa. Atualmente os estudos são desenvolvidos no Centro Zootécnico, nas áreas de caprinocultura, piscicultura, ovinocultura, avicultura e suinocultura. O principal intuito destas práticas é permitir ao aluno um contato dinâmico com projetos, possibilitando o desenvolvimento da capacidade de organização, trabalho em grupo, analise dos resultados, conclusões, entre outros”. Para a realização das atividades acadêmicas, o curso de Zootecnia possui corpo docente altamente qualificado e também diversos ambientes que permitem a execução de tarefas práticas, como a Fazenda Experimental, Centro Zootécnico, laboratórios, além das parcerias entre fazendas e empresas do setor na região, permitindo a prestação de serviços e o aprimoramento acadêmico-científico. Ana Cláudia destaca que o zootecnista pode atuar em diversos segmentos. “São amplas as possibilidades para quem deseja trabalhar em propriedades rurais, instituições de ensino (superior e médio), laboratórios, industrias de rações e suplementos para a alimentação animal, empresas de consultoria e assistência técnica, cooperativas, associações de criadores, empresas de melhoramento genético ou com pesquisa. Além de frigoríficos, laticínios, industrias de transformação de produtos de origem animal e empresas de comercialização de insumos, produtos agropecuários e de material genético. Nestes locais o profissional pode desenvolver serviços com melhoramento genético, nutrição, saúde e alimentação animal, gerenciamento, administração e consultorias voltadas às empresas rurais. E também desenvolver o treinamento de animais de esporte e lazer, como cavalos e cães e na produção de organismos aquáticos, como peixes, rãs e camarões”. Formado em 2008 pela Unoeste, o egresso Pedro Diego Faria de Araújo, trabalha na Agropecuária Diamantino, fazenda criadora de gado nelore elite, localizada em Uberaba (MG), região inserida no triângulo mineiro, que é conhecida mundialmente pela criação de zebuínos como o nelore padrão e mocho, brahman, gir, indubrasil, tabapuã, entre outras raças. Ele revela que o embasamento teórico e as atividades práticas oferecidas pela graduação contribuíram para sua atuação como gerente geral e zootecnista responsável por este local. “Desenvolvo diversas funções desde a prática de gestão como também atividades ligadas ao melhoramento genético animal”. Ele salienta ainda que o triângulo mineiro fornece para criadores de todo o Brasil, uma das melhores genéticas existentes no mercado. “Por meio destes procedimentos existe a possibilidade de elevar com qualidade produções já restritas”. Araújo observa que diante das estimativas do aumento significativo no consumo de alimentos de origem animal pela população, o mercado depende dos zootecnistas. “O profissional desta área pode trabalhar com o melhoramento genético, que aliado à nutrição e sanidade, possibilita reduzir os ciclos de produção na bovinocultura, assessorar na correção de características hereditárias indesejáveis através de acasalamentos dirigidos e também realizar avaliações nutricionais que permitem calcular e ajustar a necessidade de cada categoria animal, a conversão alimentar e o tempo de abate dos bovinos”. O egresso conta também que em parceria com a graduação, recebe constantemente na Agropecuária Diamantino, acadêmicos da Unoeste para a realização de estágios e outras atividades. Serviço – O curso de Zootecnia será oferecido no Vestibular de Verão da Unoeste, que ocorrerá no dia 22 de janeiro. Mais informações na secretaria do campus I – (18) 3229-1030.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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