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Foto: Cedida
Armênio Ribeiro (pediatra), Patrícia Spir (infectologista), Vera Lucia Gonçalves (farmacêutica bioquímica) e Luiz Carneiro (pesquisador da Unoeste)
Um trabalho inédito determinou a taxa de transmissão materno-fetal do HIV, entre os anos de 2001 e 2006, nas regiões de Araçatuba, que compõe a Delegacia Regional de Saúde II, formada por 40 municípios, e Presidente Prudente (DRS XI) composta de 45 municípios. O estudo foi conduzido pelos médicos e professores da Faculdade de Medicina da Unoeste, Patrícia Spir (infectologista) e Armênio Alcantara Ribeiro (pediatra), pela egressa Charlene Troiani, pelos pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz, Vera Lucia Gonçalves, Elza Gushiken e Renata Bonfin, sendo orientado pelo professor doutor Luiz Euribel Prestes Carneiro, imunologista e pesquisador institucional da Unoeste.
“Foi analisado os dados de mulheres grávidas infectadas pelo vírus nessas regiões e concluiu-se que 6% delas transmitiram a doença aos seus bebês, sem diferença na prevalência entre as duas regiões. Esses números são semelhantes à taxa de transmissão vertical ocorrida no Brasil, mas 70% maior que aquela verificada no Estado de São Paulo, no mesmo período. Além disso, um dado preocupante é que apesar das orientações dadas por enfermeiras e médicos por ocasião da internação, um número considerável de mães (20%) não sabiam que seus filhos estavam contaminados, oito meses após o parto. O Ministério da Saúde e as secretarias de saúde estaduais e municipais disponibilizam na rede pública um extenso programa de atendimento pré e pós-natal e após o parto as mães são orientadas a levarem seus filhos para coleta de sangue e determinação da infecção. A pesquisa do HIV precocemente é fundamental pela oportunidade do tratamento e suporte emocional às mães e bebes”, revela Carneiro.
O artigo com dados do estudo foi publicado recentemente na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (um dos periódicos mais importantes do país) e pode ser encontrado na íntegra com o titulo:
Vertical transmission of HIV-1 in the western region of the State of São Paulo, através do site [link]www.pubmed.gov[/link]
A parceria entre a Unoeste e o Instituto Adolfo Lutz já resultou em trabalhos publicados anteriormente por revistas internacionais e novos projetos estão em planejamento. “Os resultados obtidos e publicados, além de aumentarem a visibilidade dos fenômenos epidemiológicos ocorridos na região podem fornecer subsídios para a tomada de decisões dos dirigentes locais e regionais. A orientação do trabalho só foi possível graças ao apoio da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste”, completa o pesquisador.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste