Terça-Feira, 15 de Janeiro de 2013

Softwares atendem necessidades em reciclagem e educação

Projetos beneficiam associações e cooperativas de recicláveis de todo o Brasil e a Diretoria de Ensino de Mirante do Paranapanema

  • Foto: Mariana Tavares Softwares atendem necessidades em reciclagem e educação Janaína Iacia Silva conta que sistema será disponibilizado por meio do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis
  • Foto: Mariana Tavares Softwares atendem necessidades em reciclagem e educação Francisco Santana Torres Filho “Ainda nesse primeiro semestre de 2013 será realizada uma reunião com os diretores das escolas”
O programa de Estágio Supervisionado da Faculdade de Informática de Presidente Prudente (Fipp) da Unoeste tem resultado em trabalhos que contribuem com outras instituições. Dentre vários com relevância social estão os softwares desenvolvidos por acadêmicos de Sistemas de Informação e Ciência da Computação. Um foi produzido para a Diretoria de Ensino de Mirante do Paranapanema e o outro foi reescrito e está sendo implantado na Cooperativa de Trabalhadores de Produtos Recicláveis (Cooperlix) e será disponibilizado para as associações e cooperativas de todo o Brasil, por meio do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR). Este último faz parte do Projeto “Educação Ambiental e Resíduos Sólidos: potencializando a Cooperlix para ampliação das ações educativas e de geração de trabalho e renda para catadores de resíduos sólidos recicláveis e reutilizáveis em Presidente Prudente-SP”. Ele foi um dos ganhadores no 13º Concurso do Prêmio Santander Universidade Solidária, dentre quase mil projetos participantes no ano de 2011. No semestre passado, o programa foi reescrito por Janaína Iacia Silva durante o estágio, quando ela cursava o último termo da graduação, e contou com a orientação do professor Silvio Antonio Carro e a ajuda do professor Paulo Roberto Iacia, que atuou na construção do software nos dois momentos, por fazer parte dos projetos Santander/Unisol e do Ministério Público Federal e Estadual. “Não existe nenhum software com estas especificidades, pois estas empresas possuem características próprias”, pontua Janaína. Segundo ela, o sistema foi desenvolvido para atender às necessidades desse setor. A formanda conta que o software está sendo implantado na Cooperlix, sendo utilizado para “controle dos estoques de materiais identificados como RSU [Resíduos Sólidos Urbanos], rejeitos, controle de produção de materiais triados [papel, plásticos, vidros e metal], além dos controles de vendas, contas a pagar, contas a receber, fluxo de caixa e demonstrativo de resultados”. Por ser um projeto social, Janaína conta que será disponibilizado para todas as associações e cooperativas do país, por meio do MNCR. Ela enfatiza ainda que existe um projeto em andamento na região de Prudente – “Diretrizes Básicas para o Projeto de Coleta Seletiva e Educação Ambiental no âmbito do Acordo MPFE/Cesp” – que tem como parceiros a Unoeste, a Unesp e os ministérios públicos, onde participam 56 municípios da região para a implantação de um sistema de Rede de Reciclagem, que propõe a criação de associações ou cooperativas nestas cidades. “Neste projeto, todas as entidades deverão utilizar o software na sua gestão”, afirma a estudante. Em Mirante – Com orientação da professora Maria José Crepaldi Liberati, o aluno do 8º termo de Sistemas de Informação, Francisco Santana Torres Filho, desenvolveu o Sistema Gerenciador de Dados Escolares (SGDE) para a Diretoria de Ensino de Mirante do Paranapanema. Segundo ele, o software foi produzido para gerenciar cadastros básicos, bem como controlar ocorrências de alunos e professores, matrícula, notas e frequência dos alunos, além de balanço das festas comemorativas das escolas subordinadas ao órgão. “É um sistema desktop [executado na máquina do usuário], e para o desenvolvimento foi necessário o uso da linguagem de programação C#”, explica. O estudante conta que já estagiava na Diretoria de Ensino e viu nessa oportunidade da Fipp um meio de desenvolver um sistema com as funcionalidades que as escolas necessitavam. Sendo que a ideia foi acatada pelo seu supervisor. Conta ainda que o sistema foi implantado na Escola Estadual Maria Aparecida de Azeredo Passos, em Mirante. “Ainda nesse primeiro semestre de 2013 será realizada uma reunião com os diretores das escolas, para que o sistema seja apresentado e instalado nas unidades que tiverem interesse em usá-lo”, complementa. Ele destaca que o software facilita o controle das escolas, pois até o momento elas utilizam planilhas do Excel. Bem avaliados – Esses dois projetos, desenvolvidos durante o estágio supervisionado da Fipp, foram bem avaliados por professores e também pelas instituições contempladas. Janaína e Francisco definem essa experiência da mesma forma. “É gratificante, pois essas entidades são formadas por ex-catadores de rua ou dos lixões, que se organizaram com o apoio de ONGs, órgãos públicos e universidades, na busca de melhoria na qualidade de vida e de renda”, comenta a formanda. “É gratificante ter o sistema aceito em um órgão tão importante como a Diretoria de Ensino. O estágio supervisionado me proporcionou vivenciar uma situação real e de lidar com as necessidades. Isso agregou muito na minha vida profissional”, finaliza Francisco.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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