Sexta-Feira, 1 de Março de 2013

Pesquisa busca melhorar o cultivo de soja no oeste paulista

Produção aumenta com rotações de culturas e sofre redução no cultivo feito entre ranques de eucalipto

  • Foto: João Paulo Barbosa Pesquisa busca melhorar o cultivo de soja no oeste paulista Almeida durante a avaliação de sua dissertação
  • Foto: João Paulo Barbosa Pesquisa busca melhorar o cultivo de soja no oeste paulista Banca de avaliação no momento de arguição
  • Foto: João Paulo Barbosa Pesquisa busca melhorar o cultivo de soja no oeste paulista Almeida e os doutores Calonego, Garcia e Moro
Nos últimos três anos, o engenheiro agrônomo Fabrício Loureiro de Almeida esteve empenhado em pesquisar possibilidades em melhorar o ambiente de cultivo de soja no oeste paulista. Ao final dos experimentos pode estimar aumento de produção com rotações de culturas em diferentes sistemas e a redução no cultivo realizado entre renques de eucalipto. Resultados apresentados em banca de defesa pública junto ao Programa de Mestrado em Agronomia da Unoeste, nesta semana. Os experimentos tiveram início em 2010, como parte de projeto em que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) pretendia instalar uma Unidade de Referência Tecnológica (URT) em Presidente Prudente. Orientado pelo professor Dr. Juliano Carlos Calonego, Almeida deu prosseguimento à iniciativa numa área de oito hectares, o equivalente a 80 mil metros quadrados, no Campo Experimental Agrícola da Unoeste, no campus II. Em cinco talhões trabalhou os cultivos de soja, milho, brachiaria e eucalipto. No talhão 1 desenvolveu a integração lavoura, pecuária e floresta, no 2 a integração soja e lavoura, no 3 o plantio convencional, no 4 com área de pastagem irrigada e no 5 com área de pastagem degradada. No 1º foi feito o cultivo consorciado de soja com eucalipto, no verão, e brachiaria, no inverno, para pastagem do gado. No 2º houve o consórcio de milho e brachiaria, sendo que após a colheita do cereal ficou o pasto. No 3º, primeiro a brachiaria e depois a soja. Foram duas safras: a 2010/2011 e a 2011/2012. A pesquisa dividiu os experimentos em dois capítulos. O primeiro esteve voltado à melhoria do solo, visando o cultivo da soja. “O plantio com semeadura direta é viável por melhorar as características físicas e químicas do solo, além de melhorar o aproveitamento da água no solo. O plantio pelo sistema convencional, com o preparo do solo, nos dois primeiros anos apresentou melhor resultado que na semeadura direta. Porém, após esse período, o plantio direto se mostrou mais viável que o convencional, resultando em maior produtividade”, contou Almeida. No segundo capítulo, o experimento foi sobre a produção de soja em diferentes posições entre renques de eucalipto. A intenção era avaliar se o sombreamento do eucalipto iria interferir na produção da soja. “Houve influência, causando redução de produção”, disse o pesquisador e ofereceu informações de que a plantação do eucalipto foi no sentido norte-sul, seguindo as curvas de níveis, sendo três metros entre linhas e um metro entre plantas, com a distância de 15 metros (destinados à soja) de um renque ao outro. Em banca de defesa pública a dissertação de Almeida foi avaliada pelos doutores Edemar Moro, que integra o Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Agronomia da Unoeste, e Rodrigo Arroyo Garcia, da Embrapa Agropecuária Oeste, sediada em Dourados (MS). Almeida foi aprovado para receber o título de mestre em Agronomia, junto à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação. Formado pela turma de 2009 na graduação em Agronomia da Unoeste, Almeida é de Capão Bonito, na região de Itapetininga, no sudoeste paulista. Trabalha na empresa de consultoria agronômica Detec, em Taquarituba, na mesma região.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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