Segunda-Feira, 20 de Maio de 2019

Produção animal: Brasil já formou quase 35 mil zootecnistas

Com a expansão das atribuições desse profissional, perspectiva é que entre 70 e 75% atuem no mercado; cenário é apontado pela Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ)

  • Foto: Gabriela Oliveira Produção animal: Brasil já formou quase 35 mil zootecnistas Dr. Marinaldo Divino Ribeiro, presidente da ABZ falou sobre o assunto na 26ª Semana de Zootecnia da Unoeste

“Nós temos hoje uma estimativa de aproximadamente 35 mil profissionais formados em zootecnia no Brasil. Desse quantitativo, a perspectiva é que se tenha entre 70 e 75% atuante no mercado. Os demais fazem parte daqueles que estão aposentados, de que não se encontraram na área ou que por algum motivo deixaram de estar na profissão propriamente dita”. A afirmação é do presidente da Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ), Dr. Marinaldo Divino Ribeiro durante a palestra “Realidade e perspectivas para a zootecnia nos tempos atuais”. Realizada na sexta-feira (17), a iniciativa integrou a 26ª Semana de Zootecnia da Unoeste, que terminou no sábado (18) com o Dia de Campo sobre bovinocultura de leite.
 
Durante a abordagem Ribeiro destacou que o mercado seleciona quem apresenta as melhores condições de formação. “Entretanto, nós precisamos, enquanto categoria profissional, pensar como está o nosso ambiente de atuação que vem sendo cotidianamente limitado e cerceado na medida em que várias instituições e segmentos impõem legislações restritivas às competências do zootecnista, nos alijando de competir pelos mesmos postos de trabalho em igual condição”.
 
O presidente da ABZ lembrou que na última segunda-feira (13) comemorou-se o Dia Nacional do Zootecnista, data em que ocorreu a aula inaugural do primeiro curso superior de zootecnia no Brasil, realizada em 1966. “Ao longo desse tempo nós tivemos quatro conquistas importantes. Uma delas é a expansão das nossas atribuições profissionais; a outra é a contribuição do zootecnista para o desenvolvimento da pecuária nacional de forma muito relevante; um terceiro legado é a expansão significativa da oferta do ensino da zootecnia em nível de graduação e a quarta é a constituição de diretrizes curriculares implementadas em 2006 que constituíram uma nova roupagem na formação do zootecnista, conferindo novas habilidades e competências muito adequadas para o tempo atual”.
 
Além desses grandes legados, ressaltou que a Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ) tem implementado uma série de ações e projetos importantes que são motivos de comemoração de forma especial neste ano. “Dentre elas, a 1ª Olimpíada Brasileira do Conhecimento em Zootecnia e o prêmio Outro Olhar Zootécnico de Fotografia que busca reconhecer o dom artístico de estudantes e profissionais da área, mas sobretudo formar um banco de imagens institucionais para a promoção e valorização da zootecnia. Temos também a proposição de projetos de leis que buscam a regulamentação da atuação profissional em nível de congresso nacional”.
 
Ribeiro expõe que existem 107 cursos de graduação distribuídos em todo o Brasil, exceto no estado do Amapá. “Todavia, nós estamos em articulação com o diretor da ABZ dessa região para fazer a proposição junto à Universidade Federal do Amapá para a implementação do curso”. Aproveitou para destacar que o curso de Zootecnia da Unoeste é referencia por duas razões: a primeira porque quebrou paradigmas na zootecnia ao ser ofertado a noite e a segunda por ser exemplo de uma matriz de componentes curriculares e de projeto pedagógico de curso que elevam a condição de ser bem avaliados em todas as fontes como o MEC ou outras entidades como o Guia do Estudante. “Conhecer a estrutura da universidade e a logística que é disponibilizada para o funcionamento do curso são motivos de alegria e satisfação. A Unoeste demonstra efetivamente que os conceitos obtidos pela graduação são reflexo do que ela disponibiliza para o processo de ensino-aprendizagem da zootecnia”, conclui.
 
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26ª Semana de Zootecnia – A coordenadora da graduação, Dra. Ana Claudia Ambiel, conta que a comissão organizadora foi formada pelos acadêmicos do curso com o apoio do professor Claudio Donizete da Silva Junior. “Os alunos foram em busca das temáticas e articularam toda a programação da iniciativa, que contou com quatro palestras, três minicursos e um dia de campo” diz.
 
Além das atualizações e conhecimentos que as atividades trouxeram aos participantes, ela avalia que para aqueles que estiveram à frente foi a chance de desenvolverem competências ligadas à organização de eventos que também são importantes para o zootecnista. Ananda Silva Coimbra é do 4º termo e participou da organização. “Foi uma experiência enriquecedora onde trouxemos ações que demonstraram as possibilidades de atuação do zootecnista”.
 
Conquistas – Ana conta que na sexta-feira (17) foi realizada uma premiação aos acadêmicos com as melhores médias dos seus respectivos termos. O casal Everaldo Ferreira dos Santos e Beatriz Leticia vieram de Bataguassu (MS) prestigiar a filha Isabela, do 6º termo, que foi uma das melhores alunas. “Para nós é um orgulho muito grande visualizar esse reconhecimento. Sempre estimulamos muito ela a estudar, pois acreditamos que a educação é fundamental”, conta a mãe, que é professora na cidade sul-mato-grossense.
 
Saiba Mais – Ouça o depoimento do Dr. Marinaldo Divino Ribeiro, presidente da ABZ em relação ao curso de Zootecnia da Unoeste.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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