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Desenvolvimento de um país está vinculado à tecnologia

Fomento ao crescimento socioeconômico ocorre pelo ciclo virtuoso que envolve filosofia, ciência e tecnologia


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Foto: João Paulo Barbosa Desenvolvimento de um país está vinculado à tecnologia
Maia discorre sobre circulo virtuoso da pesquisa
Foto: João Paulo Barbosa Desenvolvimento de um país está vinculado à tecnologia
Vista parcial do público durante a palestra
Foto: João Paulo Barbosa Desenvolvimento de um país está vinculado à tecnologia
Doutores Maia e Adriana com a equipe do Cevop


Atualizada em 03/05/2016, às 12h15

Para o pesquisador Gustavo Maia Souza, o desenvolvimento de um país está atrelado à tecnologia que, enquanto produto da ciência, faz parte de uma cadeia de acontecimentos positivos. Os quais define como círculo virtuoso da ciência, o que compreende as relações da filosofia com a ciência pura e desta com a ciência aplicada, e, esta, por sua vez, com a tecnologia, e a tecnologia com o desenvolvimento econômico. A educação é o motor que faz girar esse ciclo virtuoso. A educação muda o pensamento das pessoas e o ciclo vai rodando. “Mas, no Brasil não existe política capaz de fazer esse círculo girar. Os problemas são atacados de forma pontual, excluindo a possibilidade de continuidade”, afirma.

Seguindo nessa linha de pensamento, Maia falou na tarde desta sexta-feira (29) para estudantes de pós-graduação e os de graduação interessados em iniciação científica. Sua fala ocorreu em palestra promovida pelo Centro de Estudos de Ecofisiologia Vegetal do Oeste Paulista (Cevop), coordenado pela pesquisadora Adriana Lima Moro e vinculado à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste, que apoiou o evento por intermédio da Coordenadoria de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (CPDI). A palestra ocorreu no auditório Cerejeira, no bloco B1 do campus II da universidade. Maia que já integrou a comunidade científica da Unoeste, desde maio do ano passado trabalha na Universidade Federal de Pelotas.

Outro problema brasileiro no campo da ciência, de acordo com Maia, está na falta de diálogo dos cientistas com a sociedade. “Como a academia não conversa com as pessoas; então, não tem o respeito delas, por não saberem a importância dos cientistas”, diz o pesquisador radicado no Rio Grande do Sul e que tem sua trajetória marcada por participações em eventos de expressão nacional e internacional.  Como exemplo da falta de reconhecimento aos pesquisadores, cita o recente episódio da aprovação da “pílula do câncer” pelo Congresso Nacional; em desrespeito a todos os questionamentos feitos pela comunidade científica. “Isso mostra enorme desconexão entre a sociedade e a ciência brasileira; com a classe política ignorando as questões científicas”, diz.

Na raiz dessas questões está a falta de investimentos da educação básica, o que para Maia não é um problema exclusivamente brasileiro. Usa como exemplo os Estados Unidos e cita recente entrevista de Michio Kaku, vinculado ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e que defende a ciência como “motor do desenvolvimento”. O cientista, físico-teórico, comenta que apesar da crise educacional, os Estados Unidos consegue manter ciência de ponta por causa dos estrangeiros. Porém, alerta para um colapso, já que os estrangeiros, ao concluírem suas pesquisas, retornam aos seus países de origem. Há ainda o fato dos programas de pós-graduação em institutos de ponta terem mais da metade ou até 100% de pesquisadores estrangeiros.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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