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Estudo avalia nova terapia para o câncer de próstata animal

Produção de caráter interinstitucional emprega droga já utilizada em mulheres com osteoporose e câncer de mama


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Foto: João Paulo Barbosa Estudo avalia nova terapia para o câncer de próstata animal
Castilho supervisiona o pós-doutorado de Mendes na Unoeste


Inserido no Programa Nacional de Pós-doutorado (PNPD), com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) que contempla o Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciência Animal da Unoeste, o doutor em biologia celular e estrutural Leonardo de Oliveira Mendes propõe nova terapia para o câncer de próstata animal, com o emprego de raloxifeno que já é utilizado em mulheres com osteoporose e câncer de mana.

A maioria das terapias existentes inibe a produção de testosterona, causando bloqueio no crescimento do tumor. Conforme explicações de Mendes, são as chamadas terapias antiandrogênicas, as quais apresentam prós e contras, como a possibilidade de criar um tumor andrógeno resistente, que, mesmo sem testosterona, continua crescendo. Daí, uma das razões, de se propor nova terapia e analisar se o raloxifeno vai inibir o tumor.

Sobre o que se tem conhecimento, trata-se do primeiro experimento com o uso de modelo animal, o que é capaz de proporcionar o fornecimento de informações sobre o organismo como um todo; criando, assim, um modelo animal para a doença humana.  Na literatura científica sobre o assunto, predomina ensaio in vitro, com a utilização de célula tumoral. Outro fator relevante da pesquisa de Mendes é que serão analisados vários aspectos.

As análises laboratoriais compreenderão as seguintes partes: hormonal, histopatológica, micro RNAs – sigla para o ácido ribonucleico – e RNAs em proteínas; relacionadas ao processo tumoral prostático. A finalidade de analisar diferentes aspectos, de acordo com Mendes, é para chegar a uma resposta mais adequada sobre a reação do raloxifeno na próstata animal.

Nessas análises, a produção científica de Mendes ganha o caráter interinstitucional, já que serão utilizados laboratórios da Unesp, nos campi de Botucatu e de Assis, além da Unoeste em Presidente Prudente. As parceiras envolvem os pesquisadores Wellerson Rodrigo Scarono e Anthony César de Souza Castilho, respetivamente responsáveis por laboratórios em Botucatu e Assis; sendo que este último possui vínculo docente com o programa da Unoeste.

Embora tenha feito mestrado, doutorado e seu primeiro pós-doutorado na Unicamp, Mendes desenvolveu parte de suas pesquisas em Botucatu, onde atualmente coorienta a pesquisa de doutorado de Cristiane Figueiredo Pinho. O projeto do pós-doutorado também corresponde ao doutorado da aluna que conduziu toda a parte de biotério e tratamento dos animais previamente.  

Existe todo um encadeamento na construção da carreira científica de Mendes, incluindo essa relação com a Unesp, onde conheceu Castilho que se tornou praticamente responsável por seu pós-doutorado na Unoeste. Foi quem deu a informação sobre a seleção para a bolsa e quem, agora, supervisiona sua nova pesquisa. Quando fez o doutorado sanduíche nos Estados Unidos, Mendes conheceu o trabalho do professor Jan-Ake Gustafsson no Center for Nuclear Receptors and Cell Signaling (Centro de Receptores Nucleares e Sinalização Celular), da Universidade Houston, o que despertou seu interesse pelos novos estudos.

“Essa droga [raloxifeno] age sobre o receptor de estrógeno beta, que é o receptor foco dos estudos onde fui fazer parte do meu doutorado, com bolsa Fapesp [Fundação de Aparado à Pesquisa do Estado de São Paulo]”, conta Mendes que espera concluir a nova pesquisa em, no mínimo, dois anos. Afirma estar muito satisfeito com a Unoeste, instituição que, até o começo de dezembro do ano passado, conhecia de nome e pelas boas referências. Com sua família em Tupã e parentes em Presidente Venceslau, já conhecia Presidente Prudente, por estar no meio do caminho.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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