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Estudo obtém 75% de incremento na produtividade do algodão

Cultivares testados na safra 2015/16 alcançam média de 2,8 mil kg/ha ante a média da lavoura que foi 1,6 mil


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Foto: João Paulo Barbosa Estudo obtém 75% de incremento na produtividade do algodão
Echer: resultados e planejamento de novas pesquisas
Foto: João Paulo Barbosa Estudo obtém 75% de incremento na produtividade do algodão
1ª Reunião Técnica do Algodão, promovida pelo GEA
Foto: João Paulo Barbosa Estudo obtém 75% de incremento na produtividade do algodão
Pesquisadores, representantes da Appa e produtores

Estudo científico encontra bons resultados em experimentos sobre a cultura de algodão na região de Presidente Prudente. Na busca de cultivares mais adaptáveis ao clima e ao solo regional, testes possibilitaram encontrar três cultivares nessas condições, alcançando a produção média de 2,8 mil kg de algodão em caroço por hectare. Constatação feita na safra 2015/16, cuja média foi de 1,6 mil. Portanto, ocorreu um incremento de 75%. Esse e outros experimentos, liderados pelo pesquisador Fábio Rafael Echer, que é vinculado à Unoeste, são realizados com a finalidade de fomentar a cultura no oeste paulista.

Como não basta a adaptação ambiental (clima e solo), o estudo contempla ainda questões de resistência às pragas e de cultivares capazes de tolerar o maior número de plantas por metro quadrado. O experimento sobre controle de nematoides testou dois produtos, sendo um químico e outo biológico.  Isolados, apresentaram eficácia similar. Aplicados juntos, foram mais eficazes, resultando em melhor produtividade. O produto biológico, com a utilização da bactéria Bacillus subtilis, foi desenvolvido em estudos conduzidos pelo pesquisador Dr. Fábio Fernando de Araújo, também vinculado à Unoeste.

Um terceiro experimento utilizou nove cultivares na tentativa de definir a melhor população de plantas (maior número por metro quadrado). Conforme Echer, o principal resultado encontrado foi o de que alguns cultivares não toleram o adensamento, provocando a perda de estruturas frutíferas das plantas e, com isso, causando redução de produtividade. Fato que decorre da competição, entre as plantas, por água, luz e nutrientes. “Algumas responderam melhores e outras não”, comenta o pesquisador líder do recém-criado Grupo de Estudos do Algodão (GEA).

Grupo que promoveu na noite desta terça-feira (24) a 1ª Reunião Técnica do Algodão, em parceria com a Associação Paulista dos Produtores de Algodão (Appa) que esteve representada pelo secretário executivo Thiago Pijnenburg, acompanhado do monitor de campo Thiago Alexandre de Oliveira. Entre os participantes esteve Ricardo Firetti, novo diretor do Polo Regional Alta Sorocabana da Agência Paulista dos Agronegócios (Apta), que é vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Governo de São Paulo.  O evento ocorreu no Auditório Carvalho, no campus II da universidade, reunindo pesquisadores, estudantes da graduação e pós, além de produtores. Na cerimônia de abertura, Pijnenburg agradeceu a parceria e reafirmou a disposição da associação em contribuir com os experimentos nesse campo de estudo.

Na condição de coordenador do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Agronomia, Araújo enalteceu a pesquisa e o evento sobre a produção de algodão no oeste paulista. O vice-coordenador da pós e coordenador da graduação, Carlos Sérgio Tiritan, classificou como muito positivo o envolvimento de estudantes de ambos os níveis de ensino universitário. Echer apresentou os resultados do primeiro ano de experimentos e abriu um debate, envolvendo os participantes do evento e os pesquisadores Edemar Moro e Tiago Aranda Catuchi, sobre o planejamento de pesquisas para a safra 2016/17.

Em relação a demanda apresentada pelos produtores, além da continuidade do experimento sobre cultivares mais adaptáveis à região, as pesquisas irão contemplar sistemas de produção, rotação de culturas, adubação e manejo de pragas. Em relação aos experimentos já realizados, os resultados serão socializados com a comunidade acadêmica e científica, e também com os produtores, no Boletim de Pesquisa a ser editado por Echer, Moro e a pesquisadora Patrícia Reiners Carvalho, com lançamento previsto para setembro deste ano, na versão impressa e, possivelmente, em versão on-line. 

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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