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Período fora do país possibilita mais respeito às diferenças

Intercâmbio de estudos por dois anos na China e viagens para outros países resultam em aprendizado pela vida para universitário


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Foto: João Paulo Barbosa Período fora do país possibilita mais respeito às diferenças
Michel Lucena de volta à Unoeste, para o curso de Engenharia Civil
Foto: Cedida Período fora do país possibilita mais respeito às diferenças
Michel Lucena durante passeio em Xangai
Foto: Cedida Período fora do país possibilita mais respeito às diferenças
Michel Lucena durante passeio em Harbin

Ao retornar do intercâmbio de dois anos na China e que também proporcionou a oportunidade de conhecer outros países, o estudante de Engenharia Civil, Michel Almeida de Lucena, se prepara para retomar os estudos na Unoeste e conta que voltou mais maduro em relação à futura profissão e à vida. Avalia que seu maior ganho foi o de passar a respeitar as diferenças, mesmo que tenha opinião divergente ou não compreenda profundamente algumas situações como a do sepultamento celestial, praticado pelo budismo tibetano, no qual os corpos humanos são abertos à faca, colocados em cima de uma mortalha e ofertados aos corvos. “São fatos extremos como esse que mudaram o meu jeito de pensar e aceitar melhor as diferenças”, conta sobre a experiência que viveu na fronteira com o Tibete, no planalto asiático.

Dentre outros acontecimentos, citou a cultura de um povo extremamente dedicado aos estudos e ao trabalho; a alimentação na qual até o hot-dog é diferente, feito com uma massa frita e salsicha adocicada; e o inverno com temperatura máxima de 22 graus negativos e a mínima abaixo de 40, sendo que em qualquer dessas situações exige muito agasalho: duas calças, uma fina e outra grossa de até 3 cm de espessura e, entre elas, protetores de articulação nos joelhos; bota revestida de pelo por dentro e algumas blusas. Com tudo isso e muito mais, o estudante elegeu a China como sua segunda casa e pretende voltar nem se for para passear; mas sonha com a oportunidade de fazer o mestrado lá. E não é encantamento de quem fez a primeira viagem internacional.

Durante o ensino médio, Lucena morou dois anos na Irlanda, na companhia dos pais. Seu pai foi trabalhar numa empresa do ramo frigorífico e sua mãe cuidava da casa. “Na Irlanda eu tinha quem cuidava de mim, havia comida brasileira e TVs do Brasil, com os seus canais internacionais. Na China não tinha nada disso. Então, fui forçado a me emergir na cultura de lá, até por não ter opção. Comecei a comer e a gostar do que é tradicional por lá. Na Irlanda não comi nada de lá, nem bacon com batata”, conta o jovem de criação itinerante: nasceu em Presidente Epitácio (SP), morou em Aparecida do Taboado (MS), Presidente Prudente (SP), Santa Fé do Sul (SP) e Irlanda, com retorno a Prudente e, depois de dois anos na China, novamente em Prudente.

Mesmo sendo negativo o primeiro impacto na China, com o motorista de taxi cobrando 15 vezes mais o transporte do aeroporto ao hotel e a constatação de que, mesmo tendo estudado o idioma mandarim, tinha que se comunicar por mímica, Lucena mergulhou nos estudos. Na Universidade de Tianjin, cidade de 12 milhões de habitantes, foi monitor das aulas de mandarim para uma turma de 11 brasileiros do intercâmbio pelo programa Ciência sem Fronteiras. Nessa condição, era o auxiliar da professora em questões como compra de material didático, na realização de eventos e no estímulo da turma para não faltar. Assim foi o segundo semestre de 2014 e o primeiro de 2015, sendo premiado ao fim do curso com o primeiro aluno da turma.

Nos dois meses subsequentes fez cinco disciplinas de engenharia civil no Instituto Tecnológico de Harbin, cidade de 5 milhões de habitantes. Em turmas variando de oito a 12 pessoas, dependendo da disciplina, optou pelas aulas em inglês, de tal forma que conviveu com estudantes da Indonésia, Nepal, Myanmar e de países do Continente Africano. As relações com os colegas estiveram focadas nos estudos, sendo que as amizades ficaram reservadas aos chineses. “Eles são muito receptivos, embora permaneçam, a maior parte do tempo, empenhados nos estudos. Para sair, eles preferem almoçar ou jantar; e fazem questão de pagar a conta, como se fosse uma obrigação deles, por estarem em suas casas”, comenta.

Conforme Lucena, os chineses não têm o hábito de cozinhar em casa. Eles passam o dia fora; só voltam à noite, após o jantar. Casa é para dormir. Tanto é que locaram uma casa mobiliada e não havia televisão; e nenhum outro meio de comunicação que não o computador. Eles assistem TV no celular. Quando há um feriado, no sábado ou domingo, ocorre a compensação dos estudos e do trabalho. A prática de lazer ocorre nos shoppings ou parques, onde praticam danças e artes marciais. O estudante, que retorna para o 6º termo do curso de Engenharia Civil da Unoeste, durante sua estadia na China teve a oportunidade de viajar para os Emirados Árabes, Tailândia, Índia, Coreia do Sul, Vietnã, Camboja. Malásia, Filipinas e Hong Kong.

A intenção de Lucena é compartilhar suas vivências com colegas universitários, mas entende que não será nada programado, pois ocorrerá no dia a dia. Também está propenso a trocar experiência com a coordenação e professores sobre o que estudou na Faculdade de Engenharia Civil, em Harbin. Durante sua estada lá recebeu o acompanhamento, por rede social, do assessor de relações interinstitucionais da Unoeste, Dr. Antonio Fluminhan Júnior.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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