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Por trás da selfie: mercadoria ou construção da identidade?

Tendência nas redes sociais, autorretrato se torna tema de estudo na universidade


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Foto: Mariana Tavares Por trás da selfie: mercadoria ou construção da identidade?
Jovens brasileiros têm, em média, conta em sete redes sociais. Selfie é uma das práticas mais comuns

Você costuma fazer foto de si mesmo e torná-la pública na internet? Se sim, então você integra os milhares de adeptos à moda selfie. Estudos apontam que essa prática é ainda mais frequente entre jovens com até 25 anos, que têm, em média, sete perfis em redes sociais, conforme pesquisa do Conecta (braço na web do Ibope Inteligência). Contudo, será que essa grande exposição da imagem pode ser benéfica?

Na Unoeste, esse assunto tornou-se tema de discussões nas aulas da professora Joana Sanches Justo nos cursos de Artes Visuais e Psicologia. Inclusive, motivou alunas dessas graduações a se aprofundarem cientificamente neste universo com o estudo “Selfie: espetáculo ou construção de si na contemporaneidade”.

Formada em Psicologia, Tamires Silva Rosa foi uma das iniciantes do estudo, que continua em andamento. “O título traz as duas hipóteses levantadas para tentar explicar esse fenômeno. A primeira diz respeito à sociedade do espetáculo preconizada por Guy Debord, que, segundo ele, valoriza muito mais a imagem do que o objeto real. Já a outra, embasada na teoria histórico-cultural da psicologia, leva em conta que a selfie, sendo uma objetivação humana, pode trazer algum tipo de desenvolvimento para o indivíduo”, conta Tamires.

Um dos questionamentos, segundo Joana, é sobre como a identidade do jovem é construída nesse mundo tão povoado de imagens. “Fazemos analogia com o fast-food, quando apenas vamos consumindo sem digerir. A partir de colocações de autores renomados, percebemos que a imagem precisa de um tempo para ser decifrada, ou somos simplesmente devorados por ela”.

Conforme Tamires, o estudo indica que a produção de selfie, principalmente na adolescência, é determinada por aspectos sociais, psicológicos, culturais e artísticos, que não podem ser vistos separadamente. Portanto, o mesmo indivíduo que produz e veicula imagens de si, atendendo ao apelo da sociedade do espetáculo, também se apropria de uma objetivação humana, o que faz parte da construção de sua identidade.

Assim, a docente opina que o lado negativo pode ser a transformação de si mesmo como mercadoria, por outro lado, se a imagem estiver atrelada a uma reflexão, isso pode ajudar a construir uma identidade. “A imagem sozinha só gera o fascínio e o consumo desenfreado”.
 
Saiba mais – A Pesquisa Brasileira de Mídia 2015, realizada pelo Ibope para a Secretaria de Comunicação Social, revelou quais são as redes sociais mais acessadas pelos usuários de internet no Brasil:
 
Facebook – 83%
Whatsapp – 58%
Youtube – 17%
Instagram – 12%
Google+ – 8%
Twitter – 5%
LinkedIn – 1%

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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