Egressa da Unoeste assume gestão ambiental em Martinópolis

Ter uma engenheira ambiental egressa da Unoeste num cargo de gestão pública municipal é para a coordenação do curso algo especial. É o caso de Marina Ramos Furlan Solina que assumiu no começo deste mês o departamento da prefeitura de Martinópolis. Para a coordenadora Leila Maria Sotocorno e Silva é, inclusive, a oportunidade de promover parcerias interinstitucionais através de projetos de extensão, com a possibilidade também de desenvolver pesquisas.

Há um cenário interessante em Martinópolis que figura entre os 20 maiores dos 645 municípios paulistas. É o 17º, com 1,2 milhão de Km2. Possui em média 26 mil habitantes. Está numa posição desconfortável no ranking do programa ambiental Município VerdeAzul, vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Dentre as 52 cidades da 10ª Região Administrativa de Governo, é a 42º com pontuação inferior a 10%, já que recebeu no final do ano passado apenas 9,5 de uma escala de 100 pontos.

Convidada para o cargo pelo prefeito Cristiano Macedo Engel, delegado de polícia e com filiação do Partido Verde (PV), Marina conta que o critério para sua escolha foi técnico e que as questões ambientais do município fazem parte de um plano de governo, ou seja, envolve o gabinete e todos os departamentos. O primeiro mês tem servido para um diagnóstico geral, no sentido de priorizar os afazeres conforme a demanda do município. A meta é obter a certificação ambiental que é o selo VerdeAzul.

São aguardadas as novas diretrizes do programa paulista para estabelecer algumas ações pontuais, as quais devem sofrer algumas alterações em relação às anteriores que são esgoto tratado, resíduos sólidos, biodiversidade, arborização urbana, educação ambiental, cidade sustentável, gestão de águas, qualidade do ar, estrutura ambiental e conselho ambiental. Questões para as quais o curso da Unoeste está voltado e a pós-graduação possui enorme comprometimento com o Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional.

Marina diz que traz da faculdade uma bagagem muito grande, que está pondo em prática seu aprendizado e que agradece aos professores por estarem à sua disposição para ajudar como aluna e também na condição de egressa. “Ela mandou mensagem, quando assumiu, agradecendo”, conta Leila para lembrar que no curso com sua coordenação, seguindo premissas da universidade, é mantida relação de afetividade com os egressos, como ocorre com Marina que se formou em 2014. A rondonense de Cacoal, radicada em Martinópolis desde criança, conheceu o curso de Engenharia Ambiental quando fazia o colegial e se apaixonou.

Bolsista do Prouni, Marina afirma que escolheu a Unoeste por ser uma universidade renomada, com excelente estrutura. Em iniciação científica ganhou o Prêmio Científico Unoeste “Professora Marília Gomes Campos Libório”, de 2012, juntamente com Ana Paula Jamers Scandelai e com a orientação do professor Alexandre Teixeira de Souza. Entre o final de 2013 e começo de 2014, com bolsa do programa Ciências sem Fronteiras, fez intercâmbio na Itália, na Universitè de Roma Tor Vergata.

Entre os egressos mais recentes da Engenharia Ambiental e da Engenharia Civil, onde Leila também leciona, as informações são sobre o ingresso da engenheira ambiental e sanitária Maria Clara Pissolato na pós-graduação em Gerenciamento Ambiental na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) em Piracicaba; e os engenheiros civis José Augusto Pimenta e José Wilson Ferreira no Mestrado em Engenharia Civil no Centro de Tecnologia e Urbanismo (CTU) da Universidade Estadual de Londrina (UEL).