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Cultivo agroflorestal recompõe a biodiversidade no Pontal

Projeto põe lado a lado agricultores familiares e fazendeiros que já foram protagonistas do conflito fundiário


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Foto: João Paulo Barbosa Cultivo agroflorestal recompõe a biodiversidade no Pontal
Dr. Júnior: implantado no Pontal o maior corredor ecológico do Brasil

A construção de corredores ecológicos no Pontal do Paranapanema é um case de sucesso que resulta de projeto com bons resultados e que serve de modelo para o mundo, conforme exposições em congressos e registros na literatura ambiental produzida em vários países. Um projeto que junta assentados da reforma agrária e fazendeiros, antes personagens de conflito fundiário, na prática de cultivo agroflorestal para recompor a biodiversidade com a criação de corredores ecológicos em fragmentos da Mata Atlântica.
 
O trabalho desenvolvido nos últimos 15 anos alcançou 1,4 mil hectares de agroflorestal, o equivalente a 1,8 mil campos de futebol, conforme o Dr. Laury Cullen Júnior, coordenador de projetos do Instituto de Pesquisas Ecológica (IPÊ), uma das maiores organizações não governamentais em atuação há 25 anos no Brasil, na condição de organização da sociedade civil de interesse público (Oscip). O projeto conta com banco de sementes e viveiros de mudas para produzir os corredores ecológicos.
 
O projeto foi tema de palestra na manhã desta quinta-feira (26) no 10º Fórum Regional de Meio Ambiente, vinculado ao 15º Encontro Anual de Extensão (Enaext) que compõe o 22º Encontro Nacional de Ensino, Pesquisa e Extensão (Enepe) da Unoeste. Júnior discorreu sobre caminhos para promover a inovação na pesquisa ambiental. Vários estudos científicos já foram desenvolvidos e outros estão em andamento na área que abriga o Parque Estadual Morro do Diabo, um dos mais importantes do mundo.
 
Além do parque existem outros fragmentos da Mata Atlântica, como é o caso da Estação Ecológica do Mico-Leão-Preto, atualmente interligados por corredor ecológico cultivado pelo sistema agroflorestal, por onde animais silvestres podem se locomover em busca de alimento, abrigo, acasalamento e proteção para procriar. O banco de sementes possui mais de 100 espécies diferentes de árvores nativas, área de livre acesso aos agricultores que podem coletar o tanto que quiserem, nos pés ou no chão.
 
A produção de mudas ocorre em viveiros nas pequenas propriedades e são comercializadas com fazendeiros comprometidos com a legislação ambiental. Os produtores também produzem mudas frutíferas para plantarem em seus sítios, em sistema de consórcio com árvores nativas e culturas sazonais ou perenes, como o café, a mandioca, dentre outros, cultivados entre linhas. A obtenção de ganho extra estimula o envolvimento no projeto.
 
O sistema agroflorestal apresenta benefícios como redução da erosão, elevação da fertilidade do solo, armazenamento de água da chuva, fonte de alimento e ação de insetos polinizadores, dentre outros; e no caso dos corredores ecológicos lineares a circulação de animais silvestres que são acompanhados pelos “detetives ecológicos”, quer seja pela simples observação de imagens de câmeras filmadoras ou gravadores para captar sons como os dos cantos dos pássaros, ou ainda pelo registro de movimentações mediante geoprocessamento.
 
A coordenadora do mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, Dra. Alba Regina Azevedo Arana disse que o IPÊ realiza um trabalho de credibilidade e propôs parceria em pesquisas atreladas à extensão e produzidas por alunos com diferentes formações: geógrafos, biólogos, biomédicos e médicos, dentre outros. Vinculado ao mesmo programa, o professor Dr. Munir Jorge Felício, pesquisador de questões fundiárias, manifestou curiosidade sobre o diálogo entre polos antagônicos (agricultores e fazendeiros), ao que Júnior respondeu que o projeto está acima dos conflitos.
 
Programação - Dentre outras várias realizações em três períodos (manhã, tarde e noite), no Enaext aconteceram os minicursos sobre lavagem e esterilização de materiais de laboratório, com Aline de Oliveira Santos; e técnicas avançadas em fisioterapia na unidade de terapia intensiva, com Natália Zamberlan Ferreira; e a oficina redes sociais para negócios, com Alessandro Brito Dias.

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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