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Estratégias territoriais podem promover redenção do Pontal

Especialista em empreendedorismo agrossocial estima que o modelo poderia gerar pelo menos 20 mil empregos


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Foto: João Paulo Barbosa Estratégias territoriais podem promover redenção do Pontal
Antônio Ângelo: perspectivas e desafios para o desenvolvimento territorial

Com a experiência em consultorias de empreendedorismo agrossocial aplicadas no país e no exterior, para instituições públicas e organizações privadas, Antônio Benedito Ângelo alimenta a convicção de que estratégias de desenvolvimento territorial são a solução para a redenção socioeconômica de regiões de baixa geração de empregos e renda. Estima que se na região do Pontal do Paranapanema fossem adotadas tais estratégias, seriam criados pelo menos 20 mil empregos, cujo impacto não se restringiria a economia, pois atingiria questões sociais como a possível redução dos índices de violência urbana.
 
A estimativa para o Pontal tem como base a existência de 12,3 mil propriedades rurais dos 32 municípios que compõem a região e que juntos abrigam mais de meio milhão de habitantes. Dados quantitativos associados a outros qualitativos que remetem à possibilidade da região se tornar a maior produtora de hortifrutigranjeiros do sudoeste brasileiro. Para Ângelo a questão agrossocial precisa ser vista como um todo dentro do seu território, para o qual adota o termo “Ruralurbano” e pelo qual a cidade dita a demanda da produção no campo, estabelecendo-se um diálogo permanente entre os dois espaços geográficos. 
 
As estratégias propostas compreendem conhecer profundamente a realidade e o potencial territorial; avaliar as possibilidades agroindustrial, agroempresarial e agrofamiliar; conhecer o tamanho e a demanda do mercado territorial; utilizar elementos estratégicos para o planejamento territorial; dimensionar as cadeias produtivas moduladas vocacionais; e identificar a demanda urbana. “Não podemos mais ficar no modelo cartesiano (pontual) de fazer as coisas. Não dá para separar campo e cidade. A área rural está virando asilo. Os jovens foram embora. Temos que mudar o processo”, pontou.
 
Diante de tais condições, disse que a Unoeste pode contribuir muito para que ocorram mudanças, na condição de ser um dos centros de inteligência do país. No seu entendimento empreendedorismo resulta de desafios e das demandas, das oportunidades e da empregabilidade, com a universidade podendo estimular a geração de startups nas áreas de organização para orientar como se ter uma propriedade rural sustentável; processamento agroindustrial; comércio e tecnologia da informação; questões ambientais; turismo rural; qualificação, gestão, associativismo e cooperativismo virtual.
 
Numa referência às suas andanças pelo Brasil, Venezuela, Equador e Moçambique, Ângelo se definiu como “velho andarilho”, que exercitou muito mais a prática do que a teoria, para afirmar que trabalhar o território é o que pode fazer a diferença, mudar a vida das pessoas e melhorar a região em muitos sentidos. A conferência de Ângelo abriu o 15º Encontro Anual de Extensão (Enaext), um dos eventos do 22º Encontro Nacional de Ensino, Pesquisa e Extensão (Enepe), que começou na segunda-feira (23) e termina nesta quinta-feira (26).
 
O Dr. Alexandre Godinho Bertoncello, da Unoeste, fez parte da conferência na condição de debatedor e apresentou dados de um levantamento que foi realizado em produção de pesquisa no pós-doutorado, pelos quais irá avaliar questões econômicas da 10ª Região Administrativa, na qual está incluído o Pontal do Paranapanema. Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) per capita, da administração pública e dos impostos e serviços estão sendo cruzados com outros dados, como os do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), para apurar necessidades e demandas da região.
 
Na condição de mediadora a professora Thais Rubia Ferreira Lepre expos os pontos centrais das ideias do conferencista e do debatedor, para questionar sobre a vontade dos produtores familiares em aceitar novas estratégias; ao que Ângelo respondeu: “Não podemos buscar as vontades, mas as demandas e necessidades; e mostrar como elas podem ser resolvidas”. Em questão levantada pelo pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão Dr. Adilson Eduardo Guelfi sobre intermediário e beneficiadores de produtos in natura; a resposta foi que somente 5% são comercializados diretamente entre produtores e consumidores.
 
O debate também serviu para expor o projeto de extensão desenvolvido pela Unoeste, o qual o conferencista pode conhecer junto ao professor Neimar Rotta Nagano, em visita no dia anterior à Marabá Paulista. É o Pequena Propriedade Produtiva Sustentável (PPPS) que já atende 12 dos 32 municípios do Pontal, semelhante às estratégias de desenvolvimento territorial. Primeiramente, foi feito levantamento de dados junto às famílias e agora ocorre a orientação sobre como melhorar a produção de leite, considerando a obtenção de renda mensal; para depois diversificar com as produções de culturas sazonais.
 
Também prestigiou a conferência o pró-reitor Dr. José Eduardo Creste, representando o chanceler da Unoeste Agripino Lima e a reitora Ana Cristina de Oliveira Lima. Ângelo finalizou sua participação agradecendo a oportunidade de estar na universidade pela segunda vez. 

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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