Agronomia comemora Jubileu de Pérola com evento acadêmico

Em 2017, o curso de Agronomia da Unoeste faz 30 anos e em celebração ao Jubileu de Pérola, a graduação coleciona reconhecimentos como o Prêmio Melhores Universidades do Guia do Estudante (GE) por área e desenvolve ações alusivas a data como a 30ª Semana de Estudos Agronômicos de Presidente Prudente (Seapp). Nesta edição especial de aniversário, contabilizaram-se sete palestras e quatro minicursos, além de um dia de campo amanhã (10), marcando o encerramento do evento.
Nesta quinta-feira (9), profissionais de instituições de renome do país participaram do evento. Dentre eles, os pesquisadores doutores Mauro Alexandre Xavier, do Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Cana de Ribeirão Preto (SP), que pertence ao Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e Liliane Mertz Henning, da Embrapa Soja de Londrina (PR).

As mudas pré-brotadas (MPB) foram o foco da apresentação feita por Xavier, que é referência nacional na área. Segundo ele, esse sistema é bastante simples, mas traz uma mudança de conceito na forma de se instalar viveiros de cana-de-açúcar e também contribui com a operação de plantio. “É um procedimento que leva qualidade para as operações feitas na base do processo e tem um impacto bastante interessante, já que ajuda na resolução de um problema bem presente na cultura da cana que é a falha no plantio”.

Ele descreve que o MPB é uma forma de multiplicação rápida que oferece as novas variedades ao produtor. “É uma maneira de transferir o ganho dos programas de melhoramento de cana que existem no Brasil, fazendo com que os resultados dos estudos de instituições como o Centro de Cana do IAC possam chegar rapidamente ao campo”. O pesquisador pontua que as mudas pré-brotadas são uma tendência e já se tornaram realidade no setor canavieiro. “O ganho das MPBs é em qualidade, pois no final é possível ter um canavial com maior longevidade e, consequentemente, menor custo de produção. Diante disso, é muito interessante trazer essa abordagem aos futuros agrônomos para que saiam da universidade com um embasamento consolidado sobre esse sistema”, expõe Xavier.

Foto: Gabriela Oliveira

Outra abordagem da semana acadêmica foi como a biotecnologia pode ajudar na sustentabilidade da agricultura. Liliane ressaltou que as ferramentas de engenharia genética contribuem com o desenvolvimento de genótipos. “Essa prática pode melhorar a produtividade e o aproveitamento dos recursos naturais como a tolerância à seca, melhora da eficiência no uso da água e dos insumos”. Sobre a sua participação neste evento, lembra que “a Embrapa Soja já desenvolveu projetos de pesquisa em conjunto e, também, recebe acadêmicos para treinamento em nossa instituição. Todo esse histórico de parcerias é muito positivo e só tende a agregar conhecimentos tanto para os alunos, quanto para os pesquisadores”.

30ª Seapp – Integrante da comissão organizadora do evento, o Dr. Alexandrius de Moraes Barbosa conta que a programação do simpósio foi construída com uma participação expressiva dos alunos. “No primeiro semestre realizamos uma pesquisa para identificar aspectos como a faixa de preço e os temas de maior interesse dos estudantes. Esse tipo de planejamento deu certo e refletiu na quantidade de 230 inscritos que superou as expectativas”.