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Pesquisa contribui para a reprodução de mudas de orquídeas

Experimento com isolamento de fungos contempla dois aspectos importantes: preservação e produção comercial


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Foto: João Paulo Barbosa Pesquisa contribui para a reprodução de mudas de orquídeas
Joice durante pesquisa no Laboratório de Cultura de Tecidos, no campus II da Unoeste

É possível reproduzir exclusivamente em laboratório o comportamento da natureza em relação à germinação de semente de orquídea e o crescimento da planta. São processos que dependem de fungos micorrízicos, os quais oferecem os nutrientes indispensáveis para as sementes se desenvolverem. Na grande maioria dos estudos científicos os materiais são coletados a campo. Um raro experimento, desenvolvido na Unoeste, utilizou fungos de orquídeas cultivadas em ambiente controlado, além de orquídeas silvestres. Os resultados encontrados contemplam a preservação e a reprodução comercial.
 
“Pelo que encontramos na literatura, essa é a primeira vez que fungos foram isolados de plantas dentro de um orquidário, as quais estão em ambiente controlado e passam por tratamento fitossanitário de combate a organismos vivos [pragas, por exemplo]  prejudiciais às espécies vegetais. A tendência era de não se ter o fungo e, se tivesse, seria difícil de isolar, devido a baixa população”, comenta a engenheira agrônoma Joice Yuri Minamiguchi, autora do estudo que teve a orientação do Dr. Nelson Barbosa Machado Neto.
 
Em um trabalho minucioso e difícil, conforme a autora, foi possível isolar diferentes gêneros de micorrizas, separados em grupos e utilizados para germinação simbiótica em seis espécies de orquídeas. Feitos os procedimentos técnicos e científicos, utilizando as metodologias de isolamento por péloton e por isca, germinaram seis de sete inóculos testados com sementes de seis espécies. Cinco exibiram crescimento das plantas e um deles, não específico, proporcionou melhor resultado em crescimento de cinco espécies.
Foto: Cedida Integrantes da banca examinadora composta por professores da Unoeste e de outras instituições
Integrantes da banca examinadora composta por professores da Unoeste e de outras instituições

Houve a constatação de que o fungo menos específico não foi o que promoveu mais germinação, mas o que resultou em maior crescimento das plantas. A intenção da autora da pesquisa e do orientador é criar um banco de fungos, o qual poderá servir para projetos de preservação ou para biofábrica de multiplicação e comércio como planta ornamental ou como extração para a produção de essência. As sementes de orquídeas são minúsculas e praticamente não possuem reserva de energia, daí a necessidade de simbiose com os fungos, dos quais extraem nutrientes para germinação e crescimento.
 
Como os pais de Joice trabalham com paisagismo – vasos, plantas e decoração – em São Paulo e têm familiares em Presidente Bernardes e Santo Anastácio, ela veio para a Unoeste com intenção de estudar biologia e acabou fazendo agronomia. Dois anos depois de formada retornou para o mestrado e na sequência ingressou no doutorado, com a expectativa de que sua atuação profissional seja vinculada à pesquisa. Nesta terça-feira (19) fez a defesa pública de sua tese, sendo aprovada para receber o título de doutora junto ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Agronomia da Unoeste.
 
A banca examinadora foi formada pelo orientador e outros quatro doutores, sendo dois da casa, Fábio Fernando de Araújo e Silvério Takao Hosomi; e outros dois convidados externos, Maria Auxiliadora Milaneze Gutierre, da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Mônica Bertão, do campus da Unesp em Assis.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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