Cão doador de sangue ganha família em feira de animais

Em 2011, Cidão foi abandonado no Hospital Veterinário da Unoeste. Acolhido no abrigo de cães da universidade, o filhote possuía características que indicava que o seu porte seria grande e que ele poderia se tornar doador de sangue animal. Por seis anos, Cidão ajudou a salvar muitas vidas e, agora, em 2017, a sua história tomou outro rumo, já que ele ganhou um novo lar na Feira de Adoção de Pequenos Animais, realizada neste domingo (19), no Parque do Povo de Presidente Prudente. A iniciativa foi promovida pelo curso de Medicina Veterinária.

Quem recebeu Cidão de braços abertos foi a família de Marcelo Veron da Mota, 42. Durante o passeio pelo parque, a história do cachorro doador se cruzou com a de sua filha Marcela, 15, que passou pelo tratamento de uma leucemia. “Quando ela estava internada no hospital recebia a visita de um labrador que ajudava na sua recuperação. Assim que viram o Cidão, ela e a minha outra filha Maria Eduarda, 9, se apaixonaram pelo cachorro e, imediatamente o adotamos”, conta Mota. Para ele, adotar é um gesto de carinho, mas que deve ser feito com responsabilidade. “Quando resolvemos adotá-lo nos conscientizamos de que ele precisa receber cuidados e, acima de tudo carinho. Cidão é bem sossegado e já está se acostumando ao novo lar”, diz.

Glaucia Prada Kanashiro, diretora do curso de Medicina Veterinária da Unoeste, destaca que a feira foi muito positiva. “Dos animais colocados para adoção só restaram alguns gatos. Esses animais ainda podem ser adotados e estarão disponíveis no Hospital Veterinário da universidade, localizado no campus II”. Ela acrescenta que a ação contou com o apoio da Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext) e a parceria da Premier Ração, que forneceu kits durante a feira.

Mais do que propiciar o encontro dos pets com as novas famílias, o evento trouxe experiências diferenciadas aos acadêmicos. Lara Vasconcelos, 19, está no 3º termo da graduação. Para ela, é muito gratificante estar engajada em ações dessa natureza. “De todas as histórias a que mais me emocionou foi a do Cidão, que após seis anos doando sangue e salvando vidas ele encontrou uma família para lhe dar muito carinho”.

O futuro veterinário Matheus Lopes Bomfim, 20, cursa o 7º termo. Ele lembra que muitos animais são abandonados no HV da universidade. “Achei essa iniciativa sensacional, pois oportunizou a cães e gatos encontrarem um lar. Dentre tantas histórias, me recordo da Madu, uma cachorrinha adorável que foi vítima de um atropelamento e ficou sob os cuidados do hospital. Foi nesta feira que ela encontrou uma família”. Ele acrescenta ainda que, essa experiência deixou uma mensagem pela qual irá levar consigo para sempre. “A única coisa que os animais de estimação esperam de nós é amor e carinho, que eles sempre retribuirão da melhor maneira possível. Dessa forma, temos que ter a consciência de que não se deve abandoná-los em hipótese alguma”.