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Estudo descobre classificação mista para a cana-de-açúcar

Planta utiliza mais de uma enzima para fixação de dióxido de carbono, independentemente da condição hídrica


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Foto: Homéro Ferreira Estudo descobre classificação mista para a cana-de-açúcar
Viviane Cacefo: aprovada para receber o título de mestre em Agronomia
Foto: Homéro Ferreira Estudo descobre classificação mista para a cana-de-açúcar
Banca examinadora, composta pelos doutores ‘Santista’, Domingues e Santos
Foto: Homéro Ferreira Estudo descobre classificação mista para a cana-de-açúcar
Parte do público que acompanhou a defesa do trabalho de Viviane

As plantas apresentam três tipos de fotossíntese mais comuns que são o C3, C4 e CAE. A cana-de-açúcar utiliza o C-4 que é mais adaptado ao calor, às altas temperaturas. A C4 divide-se em três subtipos: NADP-ME, NAD-ME e PEPCK. Existem evidências de que a planta C4 possui flexibilidade para o uso dos três subtipos, conforme o ambiente. De acordo com algumas teorias, isso significa que embora o subtipo da cana seja no NADP-ME, pela maior atividade dessa enzima, a planta pode usar outro subtipo para a fixação de dióxido de carbono (CO2) no processo de crescimento, dependendo da condição de estresse hídrico a que estiver submetida.

Junto ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Agronomia, vinculado à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG) da Unoeste, foi desenvolvido estudo sobre a hipótese de que embora a planta pertença a um subtipo pode lançar mão de outros tipos de enzima. O experimento foi conduzido com a utilização de dois cultivares de cana, sendo um tolerante e outro suscetível ao déficit hídrico; ambos submetidos aos tratamentos controle (condições normais de suprimento de água), estresse moderado, estresse severo e recuperação.

Tanto no cultivar tolerante à seca quanto no cultivar suscetível, a cana foi submetida ao estresse hídrico, embora pertença ao subtipo que utiliza a enzima NADP-ME, também utilizada a PEPCK. Porém, houve a constatação inédita, de que a utilização de ambas as enzimas ocorrem também em condições normais de suprimento de água, embora prevaleça o uso da NADP-ME. Daí a constatação de que a cana-de-açúcar não é uma NADP-ME clássica, mas sim uma NADP-ME + PEPCK. Uma nova classificação que, para ser consolidada, dependerá de publicações científicas, submetidas à apreciação de pesquisadores pareceristas.

O estudo realizado pela engenheira agrônoma Viviane Cacefo recebeu orientação do Dr. Luiz Gonzaga Esteves Vieira ‘Santista’ que anuncia, diante o resultado obtido pela pesquisa, a proposta para que a  cana-de-açúcar seja classificada como planta mista, do ponto de vista da utilização de enzimas pela fotossíntese. ‘Santista’ elogia Viviane pelo trabalho de fôlego e juntos estão empenhados em publicações científicas visando à consolidação da nova classificação.

A defesa pública da dissertação produzida pela autora do estudo foi feita nesta segunda-feira (20), com o pesquisador ‘Santista’ compondo a banca examinadora juntamente com seus colegas Tiago Benedito dos Santos, que faz pós-doutorado na Unoeste, e o convidado externo Douglas da Silva Domingues, do Instituto de Biocências da Unesp em Rio Claro, no interior paulista. Viviane Cacefo foi aprovada para receber o título de mestre em Agronomia, outorgado pela PRPPG.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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