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Pesquisa mostra avanço da leishmaniose no oeste paulista

Professores da Unoeste Luiz Euribel Carneiro, Patrícia Naufal e Rogério Giuffrida estão entre os autores do estudo


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Foto: Gustavo Justino Pesquisa mostra avanço da leishmaniose no oeste paulista
Luiz Euribel e Patrícia Naufal (Unoeste), Lourdes Zampieri (Instituto Adolpho Lutz e Unesp) e Elivelton Fonseca (Unesp)

Leishmaniose, só o nome já assusta. E não é para menos. A doença vem se espalhando rapidamente pelo oeste paulista desde 2005, ano em que foi relatado o primeiro caso na região. A constatação faz parte de uma pesquisa chamada “Características clínicas e distribuição espacial da leishmaniose visceral em crianças do Estado de São Paulo: um foco emergente de leishmaniose visceral no Brasil”, um estudo interinstitucional que conta com a participação de docentes da Unoeste no grupo de autores.
 
O trabalho analisou a evolução clínica, o tratamento e aspectos epidemiológicos de 63 crianças encaminhadas ao Hospital Regional (HR) de Presidente Prudente, vindas de 45 municípios que compõem a Rede Regional de Assistência e Saúde 11 (RRAS11), diagnosticadas e tratadas entre 2006 e 2010. A pesquisa mostra que a leishmaniose é emergente no oeste do Estado de São Paulo, e foi motivada pelo registro de 330 casos humanos na região entre 2005 e 2012, sendo 19 óbitos.
 
A leishmaniose visceral é uma zoonose, doença que precisa de um animal vertebrado para completar seu ciclo, para isso, costuma usar um cachorro doméstico. Isso porque depois de utilizar o cão como reservatório, o mosquito transmissor infectado, que vive normalmente em ambientes escuros, úmidos e com acúmulo de lixo orgânico, pode numa simples picada levar a doença ao ser humano. E o desafio de combater à leishmaniose ganhou destaque também em âmbito internacional, já que revista especializada em saúde e doenças tropicais “Pathogens and Global Health” publicou o estudo.
 
Resultados
O estudo mostra alguns fatores que contribuem para a redução no número de óbitos e evolução das crianças, como a agilidade no período entre diagnóstico e tratamento. Além disso, a internação em um hospital de referência – como o HR – com equipe multidisciplinar e suporte de UTI pediátrica é fundamental. Durante a pesquisa, apenas um óbito foi registrado. Os municípios de Panorama e Tupi Paulista tiveram o maior número de pacientes em tratamento, com 21% e 16,5% respectivamente. A idade média das crianças internadas foi de 3,3 anos, enquanto o espaço entre o diagnóstico e início de tratamento foi de 16 dias; já o tempo médio de internação hospitalar, 18 dias.
 
Um detalhe que merece atenção é que 9,6% das crianças sofreram com o reaparecimento da doença ou sintoma depois de tratadas, sendo que 19% foram submetidas à UTI pediátrica. Conclusões que evidenciam a importância da união de força dos autores da pesquisa, docentes da Unoeste, Luiz Euribel Prestes Carneiro e Patrícia Rodrigues Naufal Spir, do Departamento de Infectologia e Pediatria da Faculdade de Medicina; Aline Dayse, aluna de iniciação científica da Faculdade de Medicina; Rogério Giuffrida, da graduação e pós-graduação da Unoeste; além de Elivelton Silva Fonseca, da Unesp, e Lourdes Aparecida Zampieri D’Andrea, do Instituto Adolpho Lutz e Unesp.
 
“Foi um estudo interinstitucional, pois cada participante fez partes diferentes. Eu, a Dra. Patrícia e a Aline, fizemos a parte clínica de desenho de estudo e levantamento de prontuários. A Lourdes fez grande parte dos exames laboratoriais que diagnosticaram a doença. O Elivelton fez os mapas mostrando a epidemiologia da leishmaniose visceral no oeste paulista e o Rogério todo o tratamento estatístico”, explicou o docente Luiz Euribel Prestes Carneiro.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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