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Suplementação com aminoácido atenua efeito de quimioterapia

Estudo reafirma que L-arginina ameniza efeito mutagênico causado por medicação para tratar do câncer


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Foto: João Paulo Barbosa Suplementação com aminoácido atenua efeito de quimioterapia
Eloisa no Laboratório de Citogenômica e Bioinformática

Pesquisa desenvolvida na Unoeste obtém resultado que, inclusive, oferece subsídios para novas investigações científicas voltadas em atenuar efeitos colaterais de tratamentos oncológicos por quimioterapia. O estudo buscou responder algo que ainda não tinha sido esclarecido: se a ação do aminoácido L-arginina, utilizado como suplementação alimentar, preserva a sobrevivência das células, já que alguns medicamentos quimioterápicos danificam esse material genético ao atingi-lo de forma generalizada e não somente no qual está abrigado o tumor canceroso.
 
O experimento científico feito pela biomédica Eloisa Ortega Nazário de Araújo constatou que a suplementação promoveu redução em cerca de 50% dos danos provocados pela quimioterapia nos cromossomos que são os responsáveis por carregar toda a informação que as células necessitam para seu crescimento, desenvolvimento e reprodução. Daí surgiu o questionamento se a ação do aminoácido em células cancerosas pode ou não alterar o crescimento do tumor e a eficácia do tratamento, ou seja: se eliminaria o efeito da quimioterapia.
 
Para o pesquisador com atuação na linha de agressão tecidual celular, imunidade e nutrição, Luís Souza Lima de Souza Reis, a dúvida surgida remete à importância dessa produção científica que abre possibilidade de novos estudos, especialmente em relação à doença cujos dados apresentados no trabalho da biomédica são alarmantes: 20 milhões de pessoas são acometidas por câncer no mundo e no Brasil são 600 novos casos por ano. O tratamento do câncer se insere em procedimentos de alta complexidade e isso gera alto impacto socioeconômico.
Foto: João Paulo Barbosa Banca examinadora: doutores Sanches, Reis e Bremer Neto
Banca examinadora: doutores Sanches, Reis e Bremer Neto

 
Conduzido no Biotério e Laboratório de Citogenômica e Bioinformática da Unoeste, o experimento ocorreu com 70 ratos Wistar divididos em grupos com diferentes tratamentos por ração comercial e água à vontade, sendo um deles com 2% e outro 4% de suplementação de L-arginina após a quimioterapia com 5-Fluorouracil, medicação para tratamento de câncer, de uso médico desde o começo dos anos 60. Ambos apresentaram redução da mutagenicidade que o medicamento causa em células sadias do organismo.

Diminuição que, possivelmente, resulta em menos efeitos colaterais e maior sobrevida de pacientes, conforme a autora da pesquisa classificada por Reis como muito significativa, embora ainda não se saiba sobre o efeito desejável para o ser humano. Pela qualidade do estudo e a importância clínica, o resultado alcançado e do questionamento surgido, ocorre o interesse em publicação internacional, com o encaminhamento de artigo científico para submissão de pareceristas da revista Nutrition and Cancer.
 
No estudo realizado junto ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciência Animal, que oferece mestrado e doutorado, a biomédica defendeu sua dissertação na tarde desta terça-feira (23), orientada por Reis e avaliada pelos médicos veterinários Hermann Bremer Neto e Osimar de Carvalho Sanches, respectivamente chefe do Departamento de Ciências Funcionais da Unoeste e responsável técnico pelo Laboratório de Patologia Animal (Lapa) da Universidade de Santo Amaro (Unisa), onde atua e tem a oncologia como um de seus temas de pesquisas.
 
Egressa do curso de Biomedicina da Unoeste na turma de 2014, Eloisa desenvolveu o estudo no mestrado com o aporte financeiro de taxa ofertada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão do Ministério da Educação. Foi aprovada para receber o título de mestre em Ciência Animal. Titulação importante para sua carreira profissional, atuando como professora da Escola Técnica (Etec) Professor Milton Gazzetti e da Escola Cooperativa de Presidente Venceslau.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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