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Alunos de Jornalismo fazem defesa de trabalho em plena praça

Fotolivro traz 12 perfis com a realidade das ruas que é ignorada pela sociedade


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Foto: Leonardo Cardoso Alunos de Jornalismo fazem defesa de trabalho em plena praça
Apresentação do trabalho na Praça 9 de Julho no centro de Prudente

Para os alunos de Jornalismo da Faculdade de Comunicação Social de Presidente Prudente (Facopp) o fim do 8º termo da graduação é marcado pela banca de defesa do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Este é o caso dos quatro estudantes Amanda Rocha, Andrey Franco, Camila Rocha e Fernanda Lupion que apresentaram na última quarta-feira (14), com a orientação dos professores da Facopp, Maria Luísa Hoffmann e Roberto Mancuzo, “Eu não sou da sua rua: registro e fotografia dos moradores de rua de Presidente Prudente”.

O evento ocorreu na Praça 9 de Julho e contou com a presença de familiares dos alunos, moradores de rua e uma banca avaliadora composta por dois outros professores, Fabiana Alves e Rubens Cardia.

O trabalho é dividido em duas partes, uma teórica e outra prática, para a parte prática o grupo desenvolveu um fotolivro “Eu não sou da sua rua” que é composto por 12 histórias de moradores e ex-moradores das ruas da cidade, expostas por meio de quatro fotos e um texto de perfil jornalístico para cada personagem. De acordo com a integrante, Fernanda Lupion, foram dois meses fotografando e ela garante que a ideia é mostrar a realidade além do ângulo que olhamos. “A gente vê eles nas ruas, mas não imagina o tamanho do sofrimento deles. Não é simples, é algo bem mais profundo”. A estudante que pratica trabalho voluntário há três anos, ressalta também a importância de oferecer um ombro amigo. “Eles são muito carentes de atenção, então acho que as pessoas deveriam passar por eles sem julgar”.

“Entramos para fazer esse trabalho com um pensamento e saímos com outro. Todo mundo queria ter oportunidade e eles não têm. Isso mostra que se tivessem mais pessoas fazendo este tipo de serviço, que a prefeitura ou voluntários fazem, com certeza ajudaria essas pessoas” destaca a idealizadora da ideia, e participante do trabalho, Amanda Rocha.

Sobre a relevância social da inciativa, o orientador Roberto Mancuzo frisa a importância do papel jornalístico em levantar reflexões sobre essa realidade que é ignorada pela sociedade. De acordo com ele, o jornalista é os olhos de quem não pode ver e a voz de quem não pode falar. “Quando a gente se coloca em um papel de auxiliador dessas populações, conseguimos cumprir a nossa função social, mostrar para as pessoas aquilo que elas não conseguem ver por conta própria”.
Foto: Leonardo Cardoso Presença de familiares, amigos, moradores de rua e professores
Presença de familiares, amigos, moradores de rua e professores

Repercussão – Dentre os personagens que deram vida ao fotolivro, está Jerry Adriano Souza, de 45 anos. Ele, que está nas ruas há três anos, conta que ser escolhido no meio de tantas outras pessoas que sofrem com a rotina das ruas é um sinal de que é uma coisa que Deus colocou em sua vida. Sobre seus planos para o futuro ele ressalta que ficar na rua por mais um ano não está entre eles. “Eu espero conseguir um emprego, espero que alguém veja esse trabalho e perceba que somos seres humanos e temos condições de trabalhar e produzir, ninguém nasceu para viver na rua”.

“É essencial para mostrar para toda a sociedade que apesar de estarmos em situação de extrema exclusão, passamos por necessidades, precisamos de auxílio, educação, saúde e que apesar de tudo merecemos um tratamento humano, precisamos de mais amor”, relata Joelison Neves, que também foi selecionado pelo projeto.

Segundo a assistente social Maria Helena Veiga, ver as histórias serem acolhidas pelo projeto não tem como mensurar em palavras. “As pessoas que vivem em situação de rua são tidas como invisíveis, ninguém conhece, só conhecem quando se incomodam de alguma forma”. Ela revela também que acreditou no trabalho desde o início e se emocionou com o resultado ao ponto de classificá-lo como o melhor trabalho já feito.

Objetivo atingido, é como avalia o membro do grupo, Andrey Franco. Ele enfatiza que ser jornalista é prestar um serviço à comunidade. “Eu sinto orgulho de estar fazendo algo humanizado, no meu ponto de vista jornalismo é isso, é você dar valor a vida humana”.

O fotolivro está disponível para acesso na Hemeroteca, localizada no piso 4 do bloco B3 no campus II da Unoeste.
 
 
Por Sandra Prata, do Portal Facopp
 

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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