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Ciências agrárias contribuem na obra social da Cristolândia

Horticultura, avicultura e piscicultura são utilizadas como laborterapia para recuperar dependentes químicos


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Foto: João Paulo Barbosa Ciências agrárias contribuem na obra social da Cristolândia
A horta da Cristolância é utilizada como laborterapia

Como parte de suas amplas ações de responsabilidade social, a Unoeste tem contribuído com a obra de recuperação de dependentes químicos pelo projeto Cristolândia, na região de Presidente Prudente. Iniciativa da Igreja Batista Boas Novas, implantada em São Paulo junto a Cracolândia e que hoje tem 37 unidades em oito estados brasileiros. Sua unidade regional consiste no Centro de Formação de Vida Cristã, no bairro Parque dos Pinheiros, município de Álvares Machado.

Conforme o coordenador Gilvan Amorim Camilo a estrutura comporta 30 alunos, de acordo com os padrões da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). Atualmente, são atendidos 27, mas a pretensão é ampliar para 40. A recuperação é feita sem medicamento e sustentada na palavra de Deus e na laborterapia. Inaugurado em outubro de 2015 e instalado em uma chácara, o centro oferece atendimento gratuito e a decisão de chegar e permanecer é exclusivamente do aluno; por dois anos.

“São entre 30 e 40 ligações que recebemos por dia, solicitando tratamento. Porém, cerca de 60% ficam menos de uma semana. Mas, dos que permanecem até o final, 95% conseguem se livrar do vício do álcool ou da droga. Existem testemunhos maravilhosos, como o do ex-travesti Sérgio Luís Souza que foi resgatado da Cracolândia, se libertou das drogas, se converteu, retirou o silicone e se casou”, comenta Camilo.

A contribuição da Unoeste ocorre com o Programa Universitário de Assistência ao Dependente Químico (Prouad), envolvendo cursos da área da saúde e os de ciências agrárias. O projeto Apoio Produtivo de Produção Agrícola e Pecuária na Cristolândia em Álvares Machado começou primeiro, há dois anos, com a implantação da horta sob a orientação do professor Pedro Veridiano Baldotto ‘Tomate’. O Prouad começou no final do ano passado. Porém, o programa abriga o projeto e está vinculado à Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext).

O professor José Luiz de Lima Astolphi, o ‘Zé do Peixe’, conta que estão envolvidos os cursos de Agronomia, Zootecnia e Agronegócio. Além da horta, o projeto aumentou a produção de ovos, mediante a melhoria do manejo e a troca de ração. Em breve deverá começar a produção de tilápia. O tanque está pronto e ainda nesta semana começa a receber água, para testar a viabilidade de retenção. Caso não ocorra, o fundo e as paredes serão impermeabilizados com lona.

A orientação técnica de construção do tanque foi da Unoeste e a máquina da Prefeitura de Álvares Machado. Os alunos são responsáveis por cuidar de tudo, como o trabalho utilizado como terapia ocupacional. Célio Alexandre Garre cuida da horta a cinco meses, juntando as orientações do professor Pedro Tomate e suas experiências em jardinagem, antes de se entregar à bebida e às drogas.  Garre fez dois anos e meio de ensino médio e técnico agropecuário, mas não concluiu. Já foi casado, se entregou ao vício e agora está recuperando a vida. Garre está há seis meses na Cristolândia.

Edvaldo Arthur já está completando os dois anos de tratamento e, como escolheu a vida religiosa, estuda no Seminário Teológico Batista de Presidente Prudente, mas também trabalha na manutenção do centro, inclusive ajudando na horta mantida com sistema de irrigação doado ao centro pela empresa Agrojet. O Centro de Formação de Vida Cristã é mantido pela Igreja Batista Boas Novas, por intermédio da Organização Batista de Ação Social de Presidente Prudente (Obas), presidida pelo pastor Fernando Menezes de Oliveira, que conta com o apoio de todas as igrejas batistas da cidade.

Em razão do trabalho diário e da boa produção, há excesso em relação ao consumo interno. Então, as hortaliças são doadas para as apresentações do coral de alunos em diferentes instituições, para mostrar o resultado de parte das ocupações do reeducando. Para Pedro Tomate, estar inserido no projeto em nome da Unoeste, é cumprir com a responsabilidade social, inclusive oferecendo curso de capacitação para que, futuramente, a produção de hortaliças possa ser um ganha pão. “Na questão pessoal, é agradecimento a Deus”, comentou.

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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