Workshop de risotos desvenda segredos e técnicas de preparo

Fazer um dos vários workshops ofertados pelo curso de Gastronomia da Unoeste é bem mais do que aprender a cozinhar determinados pratos. É conhecer a história, descobrir segredos e apreender técnicas aprimoradas que representam a diferença em produzir um bom prato. Foi assim na noite desta sexta-feira (25), com o workshop “Risotos – A Itália de norte ao sul”, ministrado pelo chef e coordenador da graduação, Ulisses Dias de Souza, com o auxílio das acadêmicas do curso, Isadora Cuba, Mariana Santana e Fábio Henn. As aulas teóricas e práticas ocorreram respectivamente nos Laboratórios Pedagógico - Aula Show e de Cozinha.
 
Ao identificar duas coisas em comum entre os alunos, quanto ao gostar de cozinhar e apreciar o risoto, Souza disse que já havia um primeiro passo. Porém, entre os demais passos constavam pelo menos quatro segredos, a exemplo de que não se lava o arroz. Motivo: perde o amido que é essencial para a cremosidade. Os outros segredos foram revelados, mas fechados em um pacto natural entre o seleto grupo de aprendizes cujos integrantes mantiveram atentos a cada detalhe, em especial para as técnicas de preparo.
 
Na condição de experimentado profissional com quase vinte e cinco anos de carreira, sendo 15 deles dedicados à docência e nos últimos três anos e meio à instalação e coordenação do curso de Gastronomia da Unoeste, Souza comentou que já foram formados cerca de 180 alunos e, dentre eles, alguns bem colocados no mercado local, em São Paulo e outros cidades do Brasil e também no exterior, como são dos casos da Argentina, Austrália e Nova Zelândia. Contou que as aulas são modulares, de tal forma ser possível uma imersão em cada disciplina que é ministrada em duas ou três semanas seguidas.
 
Depois, o chef promoveu um passeio pela história da produção gastronômica dos italianos no Brasil, iniciada por volta de 1935, após a queda da exportação de café entre 1929 e 1932 devido à crise econômica mundial. Em meados dos anos 30, começaram a surgir as cantinas paulistanas e pratos originários da Itália passaram por algumas transformações, a exemplo do macarrão que ganhou muito molho e pizza com bem mais recheio.  A seguir, houve uma viagem literária por regiões italianas, permitindo aos participantes do workshop, o conhecimento técnico aplicado nas preparações e finalizações de risotos conforme é feito em cada região.
 
Foram indicados os tipos de arroz e ingredientes que podem ser usados, associados às técnicas de finalizações que permitem novas combinações de sabores, aromas e texturas.  O geógrafo que faz mestrado em sua área Bruno Leonardo Barcella Silva tem o cozinhar como passatempo, mas se revelou interessado em cursar Gastronomia na Unoeste. “Quando terminar o mestrado, quero alimentar um pouco mais essa paixão”, disse e contou que fez o workshop por estímulo de amigos, para os quais cozinha com frequência. “Entrei no site, olhei, gostei e me interessei. Aliás, quando comecei geografia ainda não tinha Gastronomia aqui. Se tivesse, certamente eu teria feito”, pontuou.

Croissant e pães – Durante a tarde de terça-feira (29) o curso de Gastronomia promoveu o Workshop de Croissant e Pães ao Chocolate, ministrado pelo professor Carlos Henrique Mancuzo.  No Laboratório de Panificação foi ofertado conhecimento teórico e prático compreendendo o processo produtivo. Foram utilizados métodos e técnicas clássicas de produções, associadas à combinação harmônica de sabores, aromas, cores e textura.

Os participantes foram contemplados com o seguinte conteúdo: utilização correta dos utensílios e equipamentos de panificação; noções básicas de higiene e manipulação de alimentos; técnicas de produção de massa folhada; tipos de pães ao chocolate; e tipos de Recheios de croissants; seguindo-se as degustações.
 
Serviço – O curso de Gastronomia oferece vários workshops. Para conhecer as opções ofertadas basta acessar o site da Unoeste.