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Diagnóstico precoce é essencial na cardiologia veterinária

Unoeste recebeu o evento “Desmistificando a Cardiologia Veterinária” neste fim de semana


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Foto: Mariana Tavares Diagnóstico precoce é essencial na cardiologia veterinária
Evento reuniu estudantes, docentes e profissionais de Prudente e região

Profissionais, docentes e estudantes da Medicina Veterinária, de Presidente Prudente e região, tiveram três dias de aprendizagem e atualização sobre cardiologia veterinária. O evento, organizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia Veterinária (SBCV – regional de São Paulo) em parceria com a Unoeste, teve início na sexta-feira (1) e terminou neste domingo (3). Ao todo, foram 16 palestras, ministradas por profissionais de diferentes instituições.
 
O professor doutor Yudney Pereira da Motta, da Unoeste, lembra que essa foi a primeira vez que o evento “Desmistificando a Cardiologia Veterinária” ocorreu em Prudente. “Recebemos profissionais da região e até de outros Estados. O ciclo de palestras abordou desde temas iniciais até os mais avançados”, comenta. Motta foi um dos palestrantes, abrindo na sexta-feira (1) com o tema “Relembrando a fisiologia do sistema cardiovascular” e “Semiologia do sistema cardiocirculatório”. Segundo ele, são assuntos introdutórios e fundamentais.
 
Encerrando o primeiro dia de atividades, o diretor científico da SBCV, Caio Nogueira Duarte, falou sobre farmacologia. “É um assunto que dá base para as outras palestras do curso, porque para cada doença existem fármacos específicos no tratamento. A cardiologia veterinária é uma especialidade basicamente clínica, a gente faz alguns procedimentos cirúrgicos e intervencionistas, mas a grande maioria dos pacientes é tratada com medicamentos. Então, eu trouxe os principais fármacos utilizados no dia a dia”, comenta.
 
O médico veterinário Vinícius Miranda Villas Boas, diretor regional da SBCV, falou, dentre outros assuntos, sobre a cardiomiopatias em felinos e o tromboembolismo, que é a consequência mais grave. Ele conta que no caso do gato, para que o dono desconfie de que o seu animal está com algum problema é mais complicado, pois o gato esconde as reações. “Não é tão fácil perceber, mas ele começa a apresentar sintomas inespecíficos, como perda do apetite, fica mais quieto, dorme mais, enfim, irá apresentar comportamentos que não são comuns. Porém, se ele tiver com tromboembolismo, então o diagnóstico é mais evidente, pois o animal manifestará os sintomas em razão da dor, podendo até ter paralisia dos membros. O dono percebe a dificuldade locomotora”, explica.
 
Villas Boas destaca a importância de se ter o diagnóstico precoce para o tratamento adequado. “O diagnóstico avançou muito. Temos o próprio ecocardiograma, que conseguimos identificar melhor as cardiopatias em felinos, mas ainda falta o checape nesses animais, pois, por ser um animal mais quieto, os exames podem ampliar as chances de descobrir o problema e acelerar o tratamento”.
Foto: Mariana Tavares Integrantes da Sociedade Brasileira de Cardiologia Veterinária, que ministraram palestras, com professores da Unoeste
Integrantes da Sociedade Brasileira de Cardiologia Veterinária, que ministraram palestras, com professores da Unoeste

 
Outro tema em destaque foi a cardiopatia congênita que, segundo Lucas de Carvalho Navajas, diretor regional da sociedade e um dos palestrados do evento, é a mais complicada e é sempre um desafio nas clínicas. “São pacientes filhotes e não é comum esse tipo de caso na rotina hospitalar. As cardiopatias congênitas são diferentes das outras doenças degenerativas que aparecem com a idade, pois nestas existem vários recursos que dão uma qualidade de vida ao animal e evitam as consequências mais graves. Já as congênitas variam muito, existem algumas que podemos corrigir com cirurgia e outras que não temos quase nada para fazer, limitando bastante o tempo de vida do animal”.
 
Sobre a área da cardiologia veterinária, Navajas destaca ser um bom campo de trabalho, inclusive tem poucos especialistas. “Os nossos pacientes geralmente são idosos e estão há muitos anos com o proprietário, por isso o dono quer fazer o máximo para tratar seu animal, facilitando o nosso trabalho, porque podemos indicar os recursos mais eficazes e dessa forma conseguimos manter o animal mais tempo com a família com uma qualidade de vida”. Em relação à prevenção, o médico veterinário informa que não existe prevenção para a maioria das doenças cardíacas, exceto a dirofilariose, que é um verme do coração.
 
Campanha nacional – Embora a dirofilariose tenha maior incidência em cidades litorâneas, essa doença está sendo mais frequente em outras regiões. De acordo com Navajas, por a prevenção ser relativamente simples, a SBCV está lançando campanha de diagnóstico e de orientação. Confira o vídeo que está circulando em todo o Brasil, que explica o que é a doença, as formas de prevenção e os tratamentos.
 

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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