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Inclusão é tema de diferentes atividades do Enepe

Gamification e inclusão no ensino superior foram assuntos abordados em palestra, workshop e oficina nessa terça-feira (23)


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Foto: Mariana Tavares Inclusão é tema de diferentes atividades do Enepe
Workshop Inclusivo, realizado no Auditório Azaleia e com o intérprete de Libras/português e português/Libras

Jogos têm o poder de atrair a atenção do jogador por horas... Em sala de aula, por exemplo, quando o professor promove uma competição, a motivação dos alunos ganha um novo foco, fazendo com que a turma, além de interagir, tenha mais interesse em atingir os objetivos estabelecidos. Essa prática se chama gamification ou gamificação, que é a utilização de elementos dos jogos visando engajar pessoas para alcançar metas propostas. Trata-se de um recurso que vem sendo adotado na educação, do ensino básico ao superior, além de ser uma estratégica de inclusão. Aliás, na tarde dessa terça-feira (23), o tema “inclusão” esteve em diferentes atividades do 15º Encontro Anual de Ensino Superior (Enaens), evento que integra o 23º Encontro Nacional de Ensino, Pesquisa e Extensão (Enepe) da Unoeste.
 
A utilização dos jogos no ensino foi foco de duas ações. A oficina “Gamification e a Educação Matemática Inclusiva”, ministrada pelas professoras Dra. Danielle Aparecida do Nascimento dos Santos, da Unoeste; Ana Mayra Samuel da Silva, da Secretaria Municipal de Educação de Presidente Prudente; Ana Virgínia Isiano Lima, da Unesp; e Denner Dias Barros, da Unoeste. Concomitante, teve o workshop “Educação e Autismo – Gamificar e incluir”, com os professores da Unesp Gisele Silva Araújo e Dr. Manoel Osmar Seabra Júnior. “Uma vez que consigo reunir, em um único ambiente, uma série de estratégias e mecânicas diferenciadas, onde eu possa atingir o maior número possível de alunos, levando em consideração as especificidades e características de cada um, eu estou incluindo-os digital, social e até educacionalmente, dependendo das estratégias adotadas no ambiente escolar. Então, a partir da gamificação, a gente planeja estratégias para engajar pessoas em um ambiente inclusivo”, explica Gisele.
 
A docente relata que para trabalhar a gamificação com crianças autistas, é preciso conhecer suas características universais. “Enquanto professora, tenho que saber como é essa criança na casa dela, quais os tipos de terapias que ela realiza, depois eu sei se ela tem uma defesa visual importante, hipersensibilidade ou hipossensibilidade e, assim, eu posso selecionar um jogo que vai ajudá-la a trabalhar esses déficits. Para trabalhar a gamificação numa perspectiva da inclusão no transtorno do espectro autista, no ambiente escolar que o Brasil possui, é preciso conhecer as crianças, traçar os objetivos, selecionar os recursos adequados e preparar o ambiente”, frisa.
 
No workshop Inclusivo, realizado no Auditório Azaleia, profissionais de diferentes instituições discutiram a importância da inclusão de pessoas com deficiência na educação superior. Na abertura, o aluno de História Pedro Henrique de Melo Vasconcelos de Mendonça interpretou em Libras a música “Indestrutível”. Todo o evento contou com o intérprete de Libras/português e português/Libras, Alan da Silva Santos, o qual traduziu a palestra de Flávio Augusto Gonçalves, surdo e membro da Associação dos Surdos e Surdas de Presidente Prudente.
 
“A Unoeste é exemplo para várias instituições no quesito acessibilidade. Aqui também tem o Sarau de Libras, um evento muito bacana e que vem muita gente participar, além do site da universidade, que tem o ‘Hugo’, o intérprete de Libras. Isso é maravilhoso!”, disse Gonçalves, que estudou Pedagogia na Unoeste. Na ocasião, ele apresentou uma entrevista escrita que fez com outra pessoa com deficiência auditiva para mostrar ao público que essa população tem peculiaridades inclusive na escrita. Sobre a inclusão no ensino superior, Gonçalves destaca que muitos surdos abandonam a graduação justamente por se sentirem excluídos da turma, por exemplo. Nesse sentido, ele frisa que as pessoas precisam entender que essas pessoas têm sua própria cultura, e é preciso conhecê-la para incluí-las.
 
A responsável pela Rede de Bibliotecas da Unoeste e coordenadora do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) da universidade, Regina Rita Liberati Silingovschi, destacou que a Unoeste é incentivadora e está preocupada em atender as necessidades do aluno com deficiência, oferecendo todo o suporte acadêmico, com acessibilidade nos campi, apoio psicopedagógico, dentre outros. “Temos um Núcleo de Acessibilidade e Inclusão [NAI] há mais de cinco anos, que vem desenvolvendo diversos trabalhos para sempre melhorar esse aspecto na universidade. Temos uma instituição preparada para atender bem a comunidade com deficiência”.
 
A professora Rita de Cássica Gomes de Oliveira Almeida, da cidade de Rio Claro (SP), ministrou a oficina “Desenho universal para aprendizagem: reflexões para práticas efetivas em sala de aula inclusivas”. Segundo ela, o desenho universal surgiu na engenharia e arquitetura, mas recentemente vem sendo estudado na questão da aprendizagem, visando garantir maior oportunidade para todas as pessoas com deficiência. “Com isso, conseguimos atingir um número maior de alunos para essas questões de habilidades acadêmicas dentro da escola, tanto para estudantes com ou sem deficiência. E pode ser aplicado desde a educação infantil até o ensino superior, nas diferentes áreas, sempre com estratégias diferenciadas e recursos específicos, além de recursos visuais, tecnológicos, tecnologia assistiva, enfim, com todas as ferramentas para o professor garantir de fato a aprendizagem de todos”.
 
Rita de Cássia conta que sua pesquisa de mestrado foi realizada numa escola de educação infantil em Rio Claro, com uma aluna com paralisia cerebral incluída em sala regular. “Diante da prática do professor, sem mudar o seu planejamento, foram realizadas estratégias diferenciadas para o docente trabalhar com recursos de tecnologias específicas pensados na aluna com paralisia, porém, podendo ser utilizados com toda a turma. Atualmente sou professora do Atendimento Educacional Especializado, numa escola de 1º a 5º ano, e essa prática acontece há dois anos, em todas as disciplinas”, explica, enfatizando que nesse processo a parceria e o trabalho conjunto dos professores do ensino comum e da educação especial são fundamentais para oferecer educação de qualidade com práticas inclusivas.

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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