Mulheres recebem dia de beleza na Clínica de Fisioterapia

Há dois anos, durante um exame preventivo, a Renalva Crillo Graça, de 45 anos, descobriu que estava com câncer de mama. Perdeu o cabelo, a sobrancelha e teve complicações na cirurgia, o que fez com que ela permanecesse internada por 52 dias e sofresse o encurtamento de um dos braços. Motivo que a traz à Clínica de Fisioterapia da Unoeste três vezes por semana. Casada, mãe de três filhos, se considera animada, brincalhona e acredita que estar sempre sorrindo é o mais importante.
 
A Renalva e outras 16 pacientes da clínica foram convidadas para participar de um dia especial nesta segunda-feira (22), mais um motivo para sorrir. As acadêmicas do curso de Estética e Cosmética, coordenadas pela docente Joyce Medeiros Almeida de Sá, atenderam prontamente um chamado da professora de Fisioterapia, Dra. Gabriela Andrade Piemonte, para oferecer design de sobrancelhas e maquiagem às pacientes, tudo para aumentar a autoestima dessas mulheres.
 
E a iniciativa disso tudo foi do mato-grossense Jorge Gomes do Nascimento, 28, acadêmico do 9º termo de Fisioterapia, que atendia sua primeira paciente na clínica e não se limitou a fazer o mínimo. “Era uma paciente com metástase [quando o câncer se espalha para além do local onde começou] e eu não conseguia animá-la. Então pesquisei o que poderia fazer para melhorar o astral dela. Fui atrás da professora Gabriela e ela foi fundamental para tudo acontecer. Entrei em contato com o grupo Amigas do Peito e aí conseguimos”, relata o acadêmico, que pretende atuar futuramente com pacientes com câncer. “Sou formado em Administração, mas me encontrei na Fisioterapia. Quero ajudar. É sempre possível fazer um pouco mais pelo paciente. Melhorando o emocional você melhora o quadro clínico”, detalha Nascimento.
 
A professora doutora Gabriela explica que as pacientes da clínica são mulheres que passaram por alguma complicação cirúrgica, e que ter a oportunidade de fazer algo a mais é gratificante. “Proporcionar essa descontração é emocionante. A gente vê o sorriso delas”, conta. Já a docente Joyce Almeida de Sá afirma que a atividade vai além de fazer design e maquiagem. “Viemos dar carinho a elas, são mulheres que chegam sensibilizadas, que muitas vezes estão carentes e a gente vê a transformação aqui. Então para nós também é muito impactante”, destaca a docente.

Foto: Gustavo Justino