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Pesquisas sinalizam redução de custo no setor agropecuário

Estudos que utilizam alta tecnologia e experimentos a campo envolvem pesquisadores do Reino Unido e do Brasil


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Foto: João Paulo Barbosa Pesquisas sinalizam redução de custo no setor agropecuário
Manejo biológico para fixação de nitrogênio no solo, utilizando feijão guandu junto a pastagem

Pesquisas realizadas em cooperação internacional buscam a eficiência do uso de nitrogênio em sistemas de produção agropecuária. Se o propósito for alcançado, haverá economia para produtores rurais e menos agressão ambiental. Pesquisadores do Reino Unido e do Brasil estão desenvolvendo diferentes experimentos, mediante manejo biológico ou com o uso de novas tecnologias. Um deles ocorre no solo arenoso do Pontal do Paranapanema, na fazenda experimental da Unoeste. Encontrado em várias regiões do país, esse tipo de solo exige adubação significativa de nitrogênio. O impacto financeiro de custeio tem idêntica significância, mas poderá ser igualmente reduzido, caso as pesquisas apresentem os resultados esperados.

As expectativas são boas, pelo que sinalizam os experimentos de grupos vinculados à rede internacional de pesquisas, formada junto ao “Nucleus research team – Nitrogen use efficiency via an integrated soil-plant systems approach for the UK & Brasil”, cujo líder Dr. Sacha Mooney, da University of  Nottingham, esteve nesta terça-feira (9) na universidade em Presidente Prudente e na fazenda em Presidente Bernardes.  O experimento nesta região que concentra o maior rebanho bovino do estado de São Paulo - com 1,8 milhões de cabeças – é feito com a fixação biológica de nitrogênio orgânico utilizando feijão guandu e java em pastagem de capim mombaça, sendo que as duas leguminosas servem para nutrição animal.

O pesquisador vinculado à Unoeste Dr. Carlos Henrique dos Santos explica que o solo arenoso possui baixo teor de matéria orgânica e baixa capacidade de retenção de água, que são condições excelentes para estudar o manejo e a dinâmica do nitrogênio nas produções agrícola e de pastagem. Os sistemas radiculares de feijão guandu e da java, juntamente com as bactérias que se desenvolvem neles, retiram nitrogênio do ar e do solo. A fixação nas plantas promove a distribuição lenta do nitrogênio, evitando sua transformação em oxido nitroso que, por processo de lixiviação, pode contaminar o lençol freático. Mesmo quando o capim e as leguminosas são dissecadas, para dar lugar ao cultivo de soja, os resíduos vegetais liberam nitrogênio para o solo.

Conforme o líder dos pesquisadores brasileiros Dr. Ciro Antonio Rosolem, da Unesp  em Botucatu, pelo sistema de produção em rotação de culturas o produtor obtém mais rendimento e reduz a poluição. Sobre a rede de origem britânica e com o envolvimento de brasileiros, afirma que essa relação tem por um lado a tecnologia de ponta e, por outro, o pesquisador habituado em fazer experimento de campo. Juntos, passam de uma pesquisa de observação para uma voltada a entender o processo. É o que está ocorrendo com a rede da qual a Unoeste participa como única instituição brasileira de ensino superior particular, “pela qualidade dos seus pesquisadores, pois os britânicos não viriam aqui para trabalhar com quem não sabe”, comenta Rosolem.

A rede foi formada em 2006 e o prazo previsto em edital é para que os experimentos sejam concluídos no começo de 2019, mas existe a intenção de que a cooperação internacional seja mantida pelo menos por mais dois anos. A inserção da Unoeste foi pelo Dr. Juliano Calonego que já fez parte do corpo docente do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Agronomia e atualmente trabalha na Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp, em Botucatu. Então, Santos seguiu com o experimento que envolve estudantes do doutorado, mestrado e graduação. Para o pró-reitor de pesquisa, pós-graduação e extensão Dr. Adilson Eduardo Guelfi essa relação de pesquisadores de países diferentes potencializa a qualidade das pesquisas; mostra que o programa está direcionado à internacionalização e que Unoeste está inserida em um grande projeto oferecendo formação qualificada.

Foto: João Paulo Barbosa Doutores Rosolem, Santos e Mooney em visita ao experimento na fazenda
Doutores Rosolem, Santos e Mooney em visita ao experimento na fazenda
O pró-reitor acadêmico Dr. José Eduardo Creste diz que essa parceria tem um peso muito importante para a Unoeste e região. Foi o que disse após palestra de Mooney, realizada em uma das salas da pós-graduação e com a participação de professores e estudantes, entre os quais Angelo Raitz Schamitz. “Se eu que estou na graduação acho esse momento muito bom, imagine quem faz pós”, disse o estudante que é de Amaporã, na região de Paranavaí (PR) e escolheu estudar na Unoeste pelo que tinha de informação de parentes e amigos que fizeram Direito e Medicina; e pelo conceito no segmento da agronomia, como uma das melhores universidades do Brasil. Também participaram estudantes da pós na Unesp e a inglesa Hannah Cooper, orientanda de Sacha no doutorado.

A palestra foi proporcionada junto à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG) e o programa que oferece mestrado e doutorado em Agronomia, com as participações do coordenador Dr. Carlos Sérgio Tiritan e do vice-coordenador Dr. Fábio Rafael Echer, que fez a abertura e que na fazenda mostrou um de seus experimentos. Em todos os momentos a comunicação verbal foi na língua inglesa, para facilitar a relação com Sacha e Hannah, além de ir habituando os estudantes ao idioma muito utilizado em congressos e eventos do gênero, dos quais participam como ouvintes ou com apresentação de trabalhos.

Pelo Reino Unido estão envolvidos na rede a Nottingham, centro de pesquisas Rothamsted e as universidades de Bangor e Aberdeen. Pelo Brasil: Unoeste, Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Instituto Federal Goiano, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de Goiás, Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Universidade Federal de Goiás (UFG) e Universidade Federal do Maranhão (UFMA) que contam com o aporte financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Científico do Maranhão (Fapema) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg).

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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