CAMPUS:
0800 771 5533
Área do Egresso Aprender Unoeste
Você está em: Notícias

Você gosta de ler? Hábito está presente na vida das pessoas

Ao contrário do que se imagina, a leitura vai além dos livros, é abrir o Whatsapp ou ver as notícias do dia; abordagem foi apresentada no ciclo de palestras do curso de Letras


email facebook twitter whatsapp Linkedin

Foto: Gabriela Oliveira Você gosta de ler? Hábito está presente na vida das pessoas
Brena Carla Martins dos Santos Nagao já pesquisou sobre a educação no Japão e na noite dessa quinta (8), palestrou na Unoeste

“Um dia frio, um bom lugar pra ler um livro... no ( ) computador ( ) papel ou ( ) tablet?” Um pouco fora do convencional, o tema traz uma mistura com os versos da música “Nenhum Dia” do Djavan e foi apresentado na noite dessa quinta-feira (8), pela docente, Brena Carla Martins dos Santos Nagao. A atividade integra a programação do 4º Ciclo de Palestras do Profissional de Letras, promovido pela licenciatura da área da Faculdade de Artes, Ciências, Letras e Educação (Faclepp) da Unoeste. As ações, que se iniciaram na quarta (7), encerram-se nesta sexta-feira (9).
 
Brena explica que escolheu esse título, pois o curso de Letras permite brincar um pouquinho com a intertextualidade. De maneira bem interativa, despertou a criticidade dos participantes em relação ao que é a leitura. “Geralmente as pessoas acham que compreendem o que é leitura, só que existem várias pesquisas que debatem o aspecto, tentando entender de fato o que é ler e de como formar leitores”.
 
Segundo ela, a leitura em si possui várias concepções que mudam diante do suporte e da época. “Tracei um panorama histórico em relação ao desenvolvimento dos suportes, desde a época grego-clássica quando não existia o papel e, depois, com o surgimento dele em que os suportes mais destacados são o rolo e o livro. Depois, dei um salto para as mídias digitais, que nos trazem outras formas de suporte como o computador que se refere a desktop, tablet e celular”. Além do panorama, a pesquisadora proporcionou uma reflexão de como as modificações interferem na concepção da leitura e nas práticas leitoras.
 
Ressaltou algumas distinções entre o papel e as outras mídias. “Quando a gente lê livro não se tem um hiperlink, pois o tempo que você leva para criá-lo, por meio da consulta a outros livros, é maior. Já em um desktop conectado à internet, tablet ou celular você tem a possibilidade de criar esses links, ou seja, a concepção de leitura linear que existia antes no livro é rompida com mais clareza. Isso já acontecia no papel com leitores mais experientes, mas com a tecnologia digital, temos essa não linearidade mais clara”.
 
Brena também apresentou o resultado de um estudo que realizou durante o mestrado, desenvolvido na Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Marília (SP). “Elaborei uma pesquisa sobre as concepções de leitura dos alunos do ensino médio de uma escola localizada na cidade de Tarumã (SP), levando em consideração o contraponto: papel e mídia digital. Foi possível visualizar que os alunos não atribuem o que fazem no computador como um ato de ler, enquanto, que no papel, sim”.
 
A docente enfatiza que as pessoas leem mais hoje do que antes. Para ela, as mídias digitais são responsáveis por esse aumento, sendo que o próximo desafio é despertar a consciência de que todos são leitores, para depois, buscar textos mais profundos e críticos para cada perfil. “Falar que gosta ou não de ler é muito relativo, pois depende do quê e onde você lê”. Ressalta ainda, que a própria mídia digital permite que se façam mais questionamentos, principalmente, com as fake news. “É importante dizer que essa manipulação de informações também poderia acontecer com o livro, só que esse suporte possuía a imagem de objeto verdadeiro, ninguém questionava, uma postura que é herança das nossas famílias. Já com as mídias digitais, ainda que muitos não confiram as informações, esses recursos despertam cada vez mais um posicionamento crítico de quem lê”.
 
Brena atua como professora coordenadora da Escola Estadual Teofilo Gonzaga da Santa Cruz, localizada no Jardim Humberto Salvador, e afirma que ficou muito feliz pelo convite de palestrar na Unoeste. “Quando a gente faz uma pesquisa na área de humanas, sempre tem aquele conceito de que a dissertação fica guardada e que não é propagada. Ter essa possibilidade de falar com os acadêmicos do curso de Letras é uma forma de romper com essa concepção”, diz.
 
Foto: Gabriela Oliveira Acadêmica Ana Laura recebe certificado de mérito da coordenadora da graduação Luciane Cachefo
Acadêmica Ana Laura recebe certificado de mérito da coordenadora da graduação Luciane Cachefo

4º Ciclo de Palestras do Profissional de Letras – A coordenadora da graduação, Luciane Cachefo Ribeiro pontua que esse evento é muito importante, pois é uma oportunidade dos universitários interagirem com profissionais experientes em diferentes áreas de estudo. “As temáticas propostas promovem a discussão sobre a linguagem e a leitura enquanto instrumento de transformação social. Além disso, as atividades propiciam uma articulação entre as áreas do conhecimento do futuro professor, como forma de garantir que ele reflita sobre os conteúdos específicos de sua área em consonância com a sua formação como licenciado”.
 
Luciane acrescentou que nessa edição foi entregue, pela primeira vez, o certificado de mérito acadêmico aos universitários com as melhores médias dos termos. “Esse reconhecimento do excelente desempenho dos estudantes é de extrema relevância, pois é um indicativo da potencialidade do aluno e servirá também como um incentivo para que ele continue buscando a excelência”.
 
Ana Laura Manfré Astolfo, 20, está no 2º termo da graduação e foi considerada a melhor aluna da sua turma. A escolha pelo curso ocorreu por conta da sua afinidade com a língua inglesa. “Pretendo dar aulas do idioma e, por isso, busquei uma formação que me proporcione isso”. Sobre o evento descreve que esses momentos são uma forma de complementação ao que é passado em sala. Para a sua colega de turma, Juliana Aparecida Paiva Satyro, 23, a iniciativa trouxe uma expectativa positiva sobre mais conhecimentos. “É muito bom visualizar a relação existente entre as abordagens propostas pela programação com o que vimos no curso”, conclui.

GALERIA DE FOTOS

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

Alguma mensagem