Intercâmbio promove amadurecimento, diz aluna da Veterinária

A estudante do curso de Medicina Veterinária Andressa Fernanda de Oliveira Magalhães retorna de intercâmbio e afirma que a experiência internacional promove amadurecimento, avaliando que em cinco meses ganhou em maturidade o que, possivelmente, levaria cinco anos. Sua fala tem o tom de agradecimento à oportunidade proporcionada pelo banco Santander em parceria com a Unoeste. Ela foi em setembro do ano passado e voltou em fevereiro deste ano da Universidade do Porto, em Portugal.
 
Além das disciplinas no Instituto de Ciências Biomédicas, fez estágio no hospital veterinário. Fez quatro disciplinas: inspeção sanitária, medicina e cirurgia de animais de companhia, patologia clínica das doenças infecciosas, medicina e cirurgia de grandes animais. Estima que a diferença básica para os estudos daqui em relação aos de lá está no foco das doenças de maior incidência, sendo que os portugueses têm no momento grande preocupação com a doença da vaca louca.
 
Em relação aos estudos, o conselho que daria para futuros intercambiários é de que escolham disciplinas que já tem na universidade de origem, no sentido de reforçar conhecimentos e também para driblar possíveis dificuldades, especialmente com a língua inglesa. Boa parte das aulas e grande parte da bibliografia utilizada são em inglês. “Fui com boa base em inglês, mas mesmo assim no começo foi difícil”, diz e comenta que os estudos em Portugal são mais individuais do que coletivo.
 
“São diferenças que fizeram buscar socorro no meu curso de origem e encontrei total apoio, o tempo todo, da diretora Gláucia [Prada Kanashiro] e da professora Lílian [Francisco Arantes de Souza]. A nossa comunicação foi pelas redes sociais, inclusive pelo fácil acesso permitido pelas tecnologias da Europa. Falei com minha família diariamente”, conta a estudante que mora em Pirapozinho e teve no intercâmbio a primeira oportunidade de uma viagem internacional.
 
Teve aulas em salas na qual era a única estrangeira, mas dividiu moradia com uma alemã que faz arquitetura, uma brasileira de Caxias do Sul que faz pós em psicologia e com dois holandeses já formados em arquitetura. Das relações que fez, uma portuguesa e uma brasileira da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) têm interesse em fazer estágio na Unoeste.
 
Além de visitar as cidades portuguesas de Coimbra, Aveiro, Praga, Lisboa e Cintra, Andressa foi à Inglaterra, Espanha e Paris. Em Londres se encantou com a hospitalidade dos britânicos e, mediante uso de aplicativo, recebeu hospedagem de graça. Em Madri também se sentiu bem recebida. Em Paris se encantou com a arquitetura. “O que me surpreendeu muito foi a segurança”, comenta em relação à Europa e conta que os portugueses são mais reservados e isso deixa a impressão de pouca receptividade.
 
Sua intenção é seguir carreira no Brasil, mas revela o sonho de fazer pós-graduação no Canadá e admite a possibilidade de voltar à Europa para passear. Diz que o intercâmbio com bolsa do programa de mobilidade internacional Ibero-Americanas, ofertada pelo banco Santander, foi experiência única. “Voltei com muita bagagem cultural e mais conhecimentos. Sou outra pessoa, até na personalidade. Me tornei melhor, no sentido de me colocar no lugar dos outros, em relação ao pensar e ao entender”, avalia Andressa.