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Produtividade em solos arenosos é uma realidade

Alternativas para as terras de baixa fertilidade foram apresentadas no 5º Dia de Campo “Sistemas de Produção Agropecuária”


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Foto: Gabriela Oliveira Produtividade em solos arenosos é uma realidade
Transferência de tecnologia: produtores visualizaram na prática resultados de estudos sobre culturas como o feijão

Uma sala de aula a céu aberto, que ao invés de tabletes, computadores, giz e lousa, utiliza para o aprendizado, experiências reais visualizadas em culturas como soja, feijão, cana-de-açúcar e algodão. O público de 200 pessoas também é diferenciado, pois é composto por acadêmicos, estudantes do ensino técnico e produtores rurais. Assim pode-se descrever a 5ª edição do Dia de Campo “Sistemas de Produção Agropecuária”, promovido nesta sexta-feira (13), pelos cursos de graduação e pós em Agronomia da Unoeste em parceria com o Grupo de Pesquisa Agropecuária do Oeste Paulista (Gpagro).
 
Tem quem veio de longe para conhecer os resultados das pesquisas desenvolvidas pela universidade. É o caso de Peter Derks, diretor-presidente da Associação Paulista dos Produtores de Algodão (Appa), de Paranapanema (SP), há mais de 300 km de Presidente Bernardes. “Esse trabalho da instituição é positivo, pois fomenta a tecnologia no agronegócio que é uma importante alternativa para impulsionar a economia regional contribuindo diretamente com o estado”.
 
O docente Dr. Fabio Rafael Echer é o responsável pelas pesquisas ligadas ao algodão. Segundo ele, o dia de campo, oportunizou aos participantes conhecerem um pouco mais das ações ligadas à cultura. “Nossos estudos possuem vários objetivos, dentre eles, a identificação dos cultivares que mais se adaptam ao Oeste Paulista, a busca por manejos com plantas de coberturas para o plantio direto e o trabalho com gramíneas para a recuperação e reformas de pastagens”, revela.
 
Ailton José Dias de Presidente Venceslau (SP), também buscou opções para aumentar a produtividade. Ele conta que planta milho, melancia, feijão e, ainda, tem uma criação de gado. Fui convidado pelo meu filho Eduardo que é acadêmico do 7º termo de Agronomia da Unoeste. “Estou orgulhoso em vê-lo engajado nesse trabalho que é muito importante para nós que somos do campo, pois sempre precisamos de novas informações. Às vezes, são pequenos detalhes que podem fazer a diferença em nossas atividades”.
 
O futuro engenheiro agrônomo Eduardo, revela satisfação em mostrar ao pai um pouco do seu aprendizado. Participante do Gpagro há dois anos, ele comenta que as experiências na área da pesquisa complementam a sua formação. “Tive a oportunidade de apresentar os dados de produtividade sobre o feijão. Foi um momento muito positivo, já que vi de perto o interesse dos participantes pelos resultados dos estudos”.
 
Foto: Cedida Vista aérea de experimentos com algodão que, dentre os objetivos, buscar identificar variedades que se adaptem ao Oeste Paulista
Vista aérea de experimentos com algodão que, dentre os objetivos, buscar identificar variedades que se adaptem ao Oeste Paulista

Marco Aurélio Fernandes, diretor da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) de Presidente Prudente, lembra que as culturas apresentadas no dia de campo fazem parte do cotidiano do grande produtor e, também, do agricultor familiar. “As pesquisas desenvolvidas pela universidade trazem resultados reais que podem ser aplicados por esses dois públicos. Para a Cati, além de fomentar práticas de recuperação de pastagens e de solos degradados, esse evento nos oferece subsídios que contribuem com o nosso trabalho extensionista, no sentido de levar esse conhecimento ao homem do campo”, pontua.
 
O professor Dr. Paulo Claudeir Gomes da Silva, integrante da comissão organizadora da iniciativa, explica que a dinâmica do dia de campo consistiu em quatros estações técnicas: épocas de semeadura e cultivares de feijão comum para a região Oeste Paulista; produtividade de cultivares de cana-de-açúcar no oeste de São Paulo; efeito da rotação de culturas sobre a produtividade de soja e biologia do solo e, cultivares e manejo de adubação potássica no algodoeiro. “A nossa principal intenção é mostrar o potencial dessas culturas em nossa região. Muitas pessoas acham que os solos pobres não possuem aptidão produtiva, mas estamos aqui para provar o contrário. Sendo que, a principal lição de casa dessa grande aula é que a base de toda ação é o solo e que ele precisa ser cuidado”.
 
Silva lembra ainda, que os dados apresentados não consistem em protocolos engessados. “Não existe uma fórmula pronta, já que cada prática vai depender do perfil do produtor. Todavia, esse trabalho de transferência de tecnologia demonstra resultados concretos que comprovam que a nossa região possui capacidade de ter uma produtividade mais rentável nos solos arenosos de baixa fertilidade”, conclui.

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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