Futuros arquitetos estão na linha de frente de jornada

A 6ª Jornada de Arquitetura e Urbanismo da Unoeste é toda organizada pelos acadêmicos do curso. Nesse formato, o evento possibilitou uma experiência diferenciada, em que os universitários aprendem a lidar com imprevistos, a estabelecer relacionamentos com profissionais da área e escolhem os assuntos de maior interesse. A edição deste ano discutiu “As diversas faces do arquiteto: caminhos e desafios da profissão”, com atividades realizadas de 9 a 11 de maio, no Salão do Limoeiro, campus II.
       
“A arquitetura envolve mais que projetar, é preciso pesquisar, ter conhecimento, pois nosso campo de atuação é abrangente e, muitos estudantes, não sabem disso, precisam conhecer os caminhos para mergulhar na profissão. Tudo é prática”, disse a representante do centro de estudos do curso, o Cacau, Juliana Barreto da Silva, que está no 6º termo. Para ela, que veio da capital paulista estudar em Presidente Prudente, estar envolvida nessa iniciativa abre portas para o mercado e agrega muito à formação.
       
A coordenadora da graduação, Marcela do Carmo Vieira, destacou essa proatividade dos acadêmicos como um dos pontos fortes do evento, durante a abertura da jornada. “Tê-los à frente é uma proposta que vem dando certo já há 4 anos. É interessante que eles vão passando a gestão do Cacau, conforme vão se formando, para outro grupo, que vem com ideias diferentes e nós ficamos na retaguarda. A escolha do local, para que o aluno promova a ambientação do espaço é muito interessante. Temos uma média de 300 participantes, mas aqui no Limoeiro, eles trazem uma proposta de intervenção, que também é realizada lá fora, nos projetos desenvolvidos pelo curso na cidade e região”.

Foto: Gabriela Oliveira

       
Os profissionais são escolhidos também pelos acadêmicos e possibilitam essa troca de experiências. Como aconteceu com os palestrantes Cesar Shundi e Andrei Barbosa, do Siaa, um coletivo de arquitetos associados de São Paulo (SP), que estiveram em Prudente pela primeira vez. “Tratamos dos aspectos das cidades em todas as escalas, com problemas que devem ser tratados com urgência. A arquitetura e urbanismo são disciplinas que têm grande poder de transformação, de melhorias para a vida das pessoas. Temos que lidar com o patrimônio construído, obras pré-existência, prédios tombados ou não, uma relação com o que já existia”, disse Shundi.
 
Para Barbosa, a atuação é quase como uma militância: “fazer cidades com mais qualidade e possibilidades para o cotidiano das pessoas. Abordamos o espaço público, como essa relação das cidades com a arquitetura é fundamental para essa mudança. Temos muito espaço para ser conquistado, principalmente em relação à perspectiva das políticas públicas”, completou.
 
Outra profissional que trouxe suas experiências foi Maíra Acayaba, formada em Ciências Sociais e que trabalha com fotografia de arquitetura e interiores. “Mostrei as minhas fotos, para ilustrar os conceitos: ponto de fuga, perspectivas, centralizar, usar a escala humana, sempre usar gente na foto. Percebi muito interesse dos participantes e falei também da importância de utilizar o celular para ajudar na divulgação do trabalho, uma ferramenta que permite a correção de questões técnicas. Os arquitetos usam muito as redes sociais para o portfólio virtual”, lembrou.
 
A jornada terminou na sexta-feira (11), com as apresentações da diretora e representante do LAS (Lab for Architectural Singularity), empresa de arquitetura e design que atua com projetos de escala diversa, consultoria e workshops; e de Marco Artigas Forti, neto do consagrado arquiteto Vilanova Artigas que apresentou o documentário “Vilanova Artigas: o arquiteto e a luz”.

Atualizada em 14/05/2018 às 11:28