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Expert ensina como aprimorar produção de redação científica

Dr. Gilson Volpato atende comunidade acadêmica da Unoeste em curso organizado pela Pós-graduação em Agronomia


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Foto: João Paulo Barbosa Expert ensina como aprimorar produção de redação científica
Dr. Gilson Volpato: referência no ensino de redação científica

Com 12 livros publicados durante mais de três décadas dedicadas a ensinar redação científica em patamares internacionais, o Dr. Gilson Voltpato atende a comunidade acadêmica da Unoeste, empenhada em aprimorar a produção nessa área. O curso que tem ministrado no Brasil e no exterior é realizado nesta quarta (6) e quinta-feira (7) o dia todo, no Auditório Buriti, no campus II. A organização é do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Agronomia, mas o envolvimento é de profissionais e estudantes das mais diferentes áreas.
 
Para o pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão, Dr. Adilson Eduardo Guelfi, esse encontro de dois dias com o presidente do Instituto Gilson Volpato de Educação Científica (IGVEC) é uma significativa contribuição para a geração de novos conhecimentos. O coordenador do programa Dr. Carlos Sérgio Tiritan disse ser uma oportunidade ímpar para entender a arte de planejar e redigir artigos científicos. Na realização do curso citou o envolvimento do vice-coordenador, Dr. Fábio Rafael Echer, com a organização dos professores doutores Tiago Benedito dos Santos e Alessandra Ferreira Ribas.
 
Ao fazer a apresentação, Tiritan citou a formação nacional e internacional de Volpato que é biólogo licenciado pela Unesp; mestre, doutor e pós-doutor em Israel; professor livre-docente aposentado do Departamento de Fisiologia do Instituto de Biociências de Botucatu. Possui interação científica com pesquisadores de Israel, Inglaterra, Canadá e Estados Unidos. Seus primeiros cursos foram em 1986 na graduação e em 1988 na pós-graduação. Até hoje, já ministrou mais de 1.000 cursos no Brasil e exterior. Atualmente, atinge em cursos presenciais cerca de 10 mil alunos por ano.
 
Volpato iniciou sua fala afirmando que a arte da produção científica é muito simples e que os problemas não estão na escrita, mas na formação em ciência. “Advogo essa ideia desde a década de 80 e cada vez mais me convenço disso”, comentou para anunciar que o seu curso vale para estudantes e profissionais de qualquer área. “A ciência da qual vou falar é a que faz o aluno aprender, o microfone ser utilizado para falar e o avião voar, para as pessoas entenderem como a ciência faz as coisas andarem no mundo”, pontuou para dizer que o conteúdo do seu curso vale para as humanas, agrárias, exatas e biológicas, seja o estudo qualitativo ou quantitativo.
 
Comentou que sua proposta é mostrar como um cientista raciocina e age, para dizer que se o brasileiro tivesse um pensamento científico, o país seria melhor. “A diferença nos países de primeiro mundo está na cabeça, pois existe uma lógica no pensar e agir. O Brasil tem deficiência de ensino, o que começa na pré-escola. Nós temos um problema básico de conversa e isso reflete na produção científica; e quando tentamos entrar na esfera internacional, aí complica”, disse e fez críticas ao fato de no Brasil as avaliações do ensino, implantadas com a globalização desde a década de 90, são maquiadas, com o país adotando a opção da visibilidade internacional, utilizando índices que são falsos.
 
Ao apontar dados de 2013, quando o Brasil ficou em 50º lugar em relação a capacidade de 53 países de converter dinheiro em pesquisa de qualidade, Volpato afirmou que não falta dinheiro para a ciência; falta ciência para o dinheiro. Disse isso para chamar a atenção sobre a preocupação com a qualidade em pesquisa, como boa base para a redação científica e para o bem da população em geral. “O café que a gente exporta é o melhor. A laranja também. Lá fora o grau de competição é outro. Quando o sistema não é exigente, a gente toma qualquer coisa”, exemplificou.
 
Conforme Volpato, produzir ciência não é difícil e nem questão de dinheiro, mas de mentalidade. “O dinheiro que a gente precisa para fazer pesquisa é menos do que aquele que a gente imagina”, comentou em relação à busca de financiamento junto às agências de fomento, dizendo que elas estão mais preocupadas em atenderem meia dúzia de universidades que entendem serem vocacionadas para a pesquisa. As criticas de Volpato foram no sentido de chamar a atenção para conjuntura brasileira de produzir pesquisa, a qual apresenta muitos equívocos, e desenvolver o curso de conteúdo todo conectado, trabalhado com causas e efeitos, perguntas e respostas.

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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