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Suicídio é tema discutido em universidade

Funcionários da Unoeste são orientados pelo Corpo de Bombeiros sobre como reconhecer e ajudar pessoas com comportamento suicida


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Foto: Gustavo Justino Suicídio é tema discutido em universidade
Após palestra, funcionários esclareceram dúvidas relacionadas ao assunto

Uma pessoa morre a cada 40 segundos por suicídio no mundo. Entre adolescentes e jovens, de 15 a 29 anos, é a segunda maior causa de morte global, com base em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, como o Brasil, concentram 75% destes casos. Em contrapartida, mais de 90% dos suicídios são considerados passíveis de prevenção e retroação, por isso, a Unoeste assume sua responsabilidade e orienta seus profissionais com a palestra “Abordagens técnicas e tentativas de suicídio”, ministrada pelo 1º tenente do Corpo de Bombeiros, Maycon Costa de Cristo, de 16 a 20 de julho, no campus II da Unoeste.
 
“Somos uma instituição muito grande, podemos ter contato com o tentante. Por isso, o comitê de gestão quer criar mecanismos para que possamos identificar e ajudar essas pessoas”, explica o supervisor de segurança da Unoeste, major Edson Aparecido Torchi Duro. Os colaboradores se revezam durante toda a semana para participar do treinamento, que tem como objetivo humanizar o tratamento e dar condições para que os profissionais conheçam e estejam atentos aos sinais.
 
Essa atenção precisa ser minuciosa, como explica o tenente Maycon Cristo. “Um aluno pode estar isolado numa sala com 40 estudantes, por isso, é preciso observar as mudanças de comportamento. Aquela pessoa que passava no corredor, te falava bom dia, e passou a estar cabisbaixa merece um olhar atento”, detalha. O bombeiro afirma que o ser humano é geneticamente programado para viver, mas alerta sobre os perigos da tecnologia. “As redes sociais eu chamo de redes antissociais, porque ela te afasta dos grupos sociais verdadeiros. E gente precisa de gente, todo mundo precisa de grupo social”, ressalta Cristo.
 
Com o respaldo dos dados e utilizando vídeos demonstrativos, o palestrante classificou o diálogo como aliado na prevenção ao suicídio. “É um erro tratar o assunto como tabu, porque as pessoas têm acesso a tudo hoje em dia. Então é fundamental conversar como se conversa sobre qualquer assunto”, argumenta o tenente. Ele afirma que observar as expressões, criar vínculo, dar segurança a uma pessoa pode ajudá-la a confiar. “Olhe-a no olho, seja paciente, tente ouvir atentamente o que a pessoa tem a dizer. É importante que você respeite o tempo de cada um e ajude esta pessoa a encontrar solução, sem dar a solução pronta”, detalha.
 
A cantora Pitty, por exemplo, em sua canção “Pulsos”, relata o suicídio como última alternativa. Ela diz... “Tenta achar que não é assim tão mal. Exercita a paciência. Guarda os pulsos pro final. Saída de emergência”. Letras que misturadas a uma boa melodia muitas vezes passam despercebidas. “Você pode não notar, mas talvez uma pessoa em situação de crise note. E o cérebro arquiva aquilo”, de acordo com o tenente. As patologias envolvendo a mente são responsáveis por 90% dos casos de suicídio.
 
Cuidado com os mitos
O palestrante foi veemente ao ressaltar a importância do cuidado com algumas mentiras tratadas como verdade, que podem ser decisivas para a vida de uma pessoa.
 
- Mito: Os tentadores realmente querem se matar.
“Isso não é verdade. O que acontece é que o paciente se encontra em situação onde não enxerga solução”.
 
- Mito: Quem tenta uma vez e não morre, não quer se matar.
“Para cada suicídio consumado, a pessoa tentou em média oito vezes”.
 
- Mito: Só quer chamar atenção, se quisesse já teria feito.
“A dor é muito real, trate isso com o máximo de respeito”.
 
- Mito: No Brasil estamos tranquilos, os índices são baixos.
“O país ultrapassou os 10 mil casos de suicídio em 2016”
 
Como vai você?
O Adalberto Calixto de Sousa, 38 anos, é vigilante da Unoeste há seis anos e não sabia como ajudar uma pessoa em crise. “Não tinha ideia de nada disso, achei a palestra muito boa. Tenho vizinhos que encaram problemas e, agora me sinto apto a ajudar. É possível identificar como uma pessoa está agindo, o que está pensando e o diálogo ajuda bastante”, explica o funcionário. Ele está bem instruído sobre o Centro de Valorização da Vida (CVV), um atendimento gratuito que oferece apoio emocional e prevenção ao suicídio de forma voluntária a pessoas que precisam conversar. O telefone é 188 e o site para e-mail e chat 24h está neste link.

Foto: Fernanda Lussari Humanização é fundamental para compreender a dificuldade do próximo
Humanização é fundamental para compreender a dificuldade do próximo


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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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