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Evento Prazeres da Mesa encerra congresso da Gastronomia

Confpan recebeu profissionais de renome nacional e internacional, durante três dias de atividades


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Foto: Aline Blasechi Evento Prazeres da Mesa encerra congresso da Gastronomia
Evento Prazeres da Mesa com o jornalista Ricardo Castilho e o chef Arnor Porto

O 1º Congresso Internacional de Confeitaria e Panificação da Unoeste, que recebeu profissionais de renome nacional e internacional, terminou na sexta-feira (8) com a realização da atividade Prazeres da Mesa, no Salão de Eventos do curso de Gastronomia da Unoeste. Dois convidados compartilharam suas trajetórias e apresentaram ramos distintos. Um jornalista, fundador e editor de conhecida revista do setor; e um confeiteiro com experiência em grandes restaurantes.

O jornalista Ricardo Castilho atuou por muitos anos na Editora Abril até criar a revista Prazeres da Mesa em 2003, quando pouco se falava em publicações voltadas a área da gastronomia. Pioneirismo que deu certo. Durante sua participação no encerramento do Confpan, ele relatou que conhecia a região de Presidente Prudente, pois a mãe era de Martinópolis, mas que veio poucas vezes para cá e ficou impressionado com a infraestrutura da Unoeste, principalmente do curso de Gastronomia.

“O que vocês têm aqui, posso dizer com tranquilidade que não existe nada igual no Brasil, e olha que já visitei muitos lugares. Tanto pelo tamanho dos laboratórios, quanto pela qualidade de materiais e espaços para a realização de eventos como este congresso internacional. Acredito que o potencial turístico da região pode ser elevado com a gastronomia, é uma área que contribui muito para este setor. E as pessoas não precisam inventar coisas de outro mundo, devem aproveitar o potencial que elas têm e fazer disso o seu grande referencial. Conheço empreendedores que ficaram conhecidos pela coxinha que fazem, porque existe um diferencial. Então, com coisas simples, você pode alcançar o sucesso”, afirma.

Confeiteiro há 24 anos, Arnor Porto tem no currículo nomes como Copacabana Palace e Hotel Emiliano. Ele saiu da área rural do interior da Bahia para buscar oportunidades no Rio de Janeiro. Entrou no hotel carioca mais famoso e glamoroso para trabalhar no setor de limpeza, mas em pouco tempo foi convidado para ser ajudante de cozinha e rapidamente transferido para a confeitaria do hotel, onde permaneceu por mais de cinco anos. Depois tornou-se chef de confeitaria do Hotel Emiliano, em São Paulo, empreendimento que é referência em hotelaria.

Atualmente, Arnor assina dois cardápios de restaurantes do Itaim Bibi, na capital paulista, atua com consultoria e é embaixador da Callebaut. No congresso ele apresentou um pouco de sua trajetória de como foi até chegar ao estilo de sobremesa que hoje apresenta nos restaurantes. “A área gastronômica no Brasil ainda tem muito a crescer, mas já evoluiu bastante. Se estudar e se empenhar, com certeza o profissional consegue destaque, independentemente da região que esteja. Eu, por exemplo, saí de uma cidadezinha do interior da Bahia”. Sobre a Unoeste, ele disse que a estrutura da Gastronomia chama atenção.

Também na sexta-feira, no período da manhã, a programação contou com a palestra da professora portuguesa Dra. Anabela Raymundo, mestre em ciência e tecnologia de alimentos e doutora em engenharia agroindustrial. Em Portugal, ela desenvolve trabalhos voltados na utilização de fontes de alimentos pouco explorados e trouxe para o congresso o uso de microalgas na panificação e confeitaria. Anabela conta que as microalgas são produzidas em várias partes do mundo com a finalidade de serem utilizadas como ingrediente alimentar, pois são ricas em proteína e possuem diversos compostos bioativos que têm impactos importantes na saúde.

Trata-se também de um ingrediente importante para o futuro, além de ser sustentável. “Com a falta de alimento que podemos sofrer nos próximos anos, levando em consideração que teremos mais de 9 bilhões de habitantes, precisamos encontrar alternativas para a escassez de alimentos que já está demonstrada que vai ocorrer”, salienta. Para isso, ela ressalta que é necessário muito trabalho, com envolvimento grande da comunidade científica, mas também das pessoas que se dedicam à gastronomia para fazer com que os consumidores apreciem a utilização das microalgas na alimentação.

No quesito ambiental, a docente frisa que as microalgas têm um papel muito importante. “Elas têm capacidade de utilizar o dióxido de carbono convertido em oxigênio, aliás, mais de 50% do oxigênio que respiramos são produzidos pelas microalgas, portanto têm um potencial enorme do ponto de vista da sustentabilidade e nutricional”. Ela levou alguns exemplos práticos de trabalhos que tem desenvolvido em parceria com empresas e também alunos brasileiros. “Tenho um trabalho interessante com produtos da gastronomia brasileira feitos por alunos em Portugal que são do Brasil. O intuito é mostrar e estimular as pessoas para que comecem a olhar esse ingrediente como algo a explorar, pensando na sustentabilidade e na melhoria nutricional de seus alimentos”.

Sobre sua visita à Unoeste, Anabela conta que ficou “impressionada” com a instituição. “Uma surpresa muito agradável, com pessoas completamente afetuosas. Também o trabalho realizado aqui é extremamente interessante, com excelentes condições na área da gastronomia”, finalizou.

Foto: Mariana Tavares Workshop sobre Foodstylist com Luna Garcia e Cândida Balensiefer
Workshop sobre Foodstylist com Luna Garcia e Cândida Balensiefer


Graduada em fotografia digital em Cambridge, na Inglaterra, Luna Garcia atua há mais de 20 anos na área da fotografia gastronômica. Juntamente com Cândida Balensiefer, uma de suas chefs foodstylist do Estúdio Gastronômico, de São Paulo, ela foi uma das convidadas do Confpan. Com clientes como Nestle, Bauducco, Ajinomoto, Cacau Show, Griletto, Giraffas, Nutella e Sadia, elas mostraram como é o trabalho de fotografar alimentos. Apresentaram também alguns truques e técnicas que utilizam no estúdio.

“Nosso estúdio é composto por 20 profissionais. Geralmente uma equipe conta com o fotógrafo, chef/foodstylist, produtor de objetos e o profissional que realiza o tratamento de fotos. É interessante que o fotógrafo dessa área tenha conhecimentos também em gastronomia”, comenta. Segundo Luna, já é consenso que a foto vende o produto, então as empresas recenhecem a importância de se investir em fotografia. Ela ainda reforça que é uma área em expansão e que ainda tem poucos profissionais especialialistas, tanto em fotografia como em foodstylist. “Com as mídias sociais, a demanda aumentou ainda mais. E o profissional precisa saber as diferenças de trabalhos para as mídias, para embalagens e para um catálogo, por exemplo. Tem ainda a diferença de fotos voltadas a profissionais da gastronomia e ao consumidor final”, lembrou.

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Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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