Clínica oferece tratamento para alterações na fala e audição

De acordo com a Associação Brasileira de Gagueira (Abra Gagueira), cerca de 70 milhões de brasileiros tem problemas de gagueira que afetam 1% dos adultos e 4% das crianças. Caracterizada pelas repetições de palavras, bloqueios e hesitações, a alteração é maior no público masculino: a cada cinco pessoas com gagueira, quatro são homens. Esse distúrbio da fala não tem cura, mas possui tratamento por meio de sessões de fonoaudiologia. A Unoeste tem a clínica que oferece serviços na área para toda a comunidade e está recebendo novos pacientes. As vagas são limitadas!
 
A professora doutora Sandra Silva Lustosa Dearo é a responsável pelos atendimentos de gagueira. Pontua que a sessão de fonoaudiologia em clínicas particulares custa, em média, R$ 100; na universidade o tratamento é 95% mais barato, já que é cobrado o valor simbólico de R$ 5 por sessão. Esse preço acessível é por conta do serviço ser ofertado em uma clínica-escola, onde a taxa é destinada para custos operacionais. “A gagueira não tem causa específica e pode estar relacionada a fatores genéticos, sociais e emocionais. Crianças com essa disfunção podem sofrer bullying nas escolas e os adultos se tornam mais fechados. Sem falar que muitas vezes os outros acabam corrigindo a gagueira de maneira inadequada, o que pode piorar esse problema”.

Ela também é a responsável pelos atendimentos voltados aos pacientes que têm taquifemia, a alteração relacionada à velocidade da fala. “Nesses casos, as pessoas não conseguem entender o que o indivíduo quer dizer por causa da sua pronúncia que é muito rápida. Geralmente, quem possui essa disfunção não apresenta queixas, já que é notada apenas pelos ouvintes que convivem com ele”.
 
Sandra acrescenta que existe, ainda, a disponibilidade de tratamento na Clínica de Fonoaudiologia da Unoeste para esse tipo de alteração na fala. “Todas as sessões são realizadas pelos acadêmicos dos 7º e 8º termos da graduação sob a supervisão docente. De forma geral, esse serviço proporciona mais qualidade de vida, além de uma melhor comunicação e inserção na comunidade”.
 
A professora Patricia Arruda de Souza Alcaras é a responsável pelos atendimentos às pessoas com deficiência auditiva. Ela informa que a clínica também está recebendo pacientes para esse tipo de tratamento. “O único requisito é que sejam usuários de algum tipo de aparelho auditivo, pois a reabilitação é focada na oralidade. “Cerca de 10% da população em geral possui algum grau de perda da audição. Esse processo de adaptação e reabilitação minimiza os efeitos da privação sensorial no desenvolvimento geral dos pacientes”, conclui.
 
Serviço – O agendamento para as sessões de avaliação e tratamento dos pacientes com gagueira, taquifemia e deficiência auditiva pode ser realizado na Clínica de Fonoaudiologia, localizada no bloco H, campus I da universidade ou pelo telefone (18) 3229-1125.