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Desinformação oferece risco para idosos contraírem sífilis

Constatação feita em pesquisa sugere políticas públicas exclusivas para homens e mulheres com 60 anos ou mais


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Foto: João Paulo Barbosa Desinformação oferece risco para idosos contraírem sífilis
Solange: estudos sobre sífilis em idosos e a obtenção do título de mestre em Ciências da Saúde

Trabalho científico desenvolvido pelo Mestrado em Ciências da Saúde da Unoeste alerta sobre a necessidade de políticas públicas de prevenção à sífilis para a população idosa, de acordo com pesquisa feita com mais de 100 idosos de 60 a 84 anos e de ambos os sexos, moradores de uma das 32 cidades da região do Pontal do Paranapanema.
 
Nas respostas ao questionário aplicado pela autora do estudo, a radiologista e especialista em controle de infeção hospitalar Solange Aparecida Meurer Bordin, pelo menos dois percentuais chegam a impressionar: dos 118 envolvidos, 83% declararam não saber como a sífilis se manifesta e 79% afirmaram não fazer uso de preservativo.
 
A pesquisa está inserida em uma série de estudos sobre infecções sexualmente transmissíveis conduzidos com a orientação do Dr. Marcus Vinicius Pimenta Rodrigues, docente do mestrado em Ciências da Saúde da universidade, biomédico e doutor em doenças tropicais. Para ele, o fato dos idosos terem vida sexual ativa e não saberem como se prevenir é um risco para a saúde pública.
 
A atual incidência global de infecções sexualmente transmissíveis curáveis é estimado em mais de 350 milhões de novos casos. No Brasil são 937 mil casos de sífilis, doença que ocorre mais que a herpes genital, superior a 640 casos e o HPV (Papiloma Vírus Humano) com 685 mil.
 
A clamídia aproxima dos 2 milhões e a gonorreia passa de 1,5 milhão. Tudo isso mesmo com a melhoria de acesso aos serviços de saúde, condição que tem melhorado a qualidade de vida da população, prolongando a vida sexual dos idosos. Porém, a sexualidade sem informação gera graves riscos à saúde.
 
O estudo esteve voltado em conhecer e analisar as representações sociais da sífilis e o perfil sorológico dos idosos inseridos na pesquisa, incluindo informações socioeconômicas e de comportamento sexual. Foram submetidos aos testes rápidos 133 e nenhum deles tinha a doença.
Foto: João Paulo Barbosa Solange com o orientador Dr. Pimenta Rodrigues e as avaliadoras doutoras Renata e Keila
Solange com o orientador Dr. Pimenta Rodrigues e as avaliadoras doutoras Renata e Keila


Conforme o Dr. Pimenta Rodrigues, mesmo que todos os testes tenham dado negativo, o desconhecimento não afasta o risco de contrair a doença, por ter vida sexual ativa e não saber como se prevenir. São condições que representam um problema para a pessoa e para a saúde pública.
 
“As representações sociais da sífilis para esses idosos centram-se na falta de conhecimento sobre o que é essa doença, sobre o seu método de prevenção e sobre como ela se manifesta no indivíduo. Esses resultados apontam o risco de vulnerabilidade desse grupo em relação à contaminação pelo agente etiológico da sífilis e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)”, pontua a autora da pesquisa.
 
A dissertação do estudo foi levada à defesa pública na tarde desta quinta-feira (28), com a banca formada pelo orientador e as avaliadoras Dra. Renata Calciolari Rossi e Dra. Keila Zaniboni Siqueira Batista, da Fundação Universidade Regional de Blumenau (Furb). Solange foi aprovada para receber o título de mestre em Ciências da Saúde pela Unoeste.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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