Simulação marca o primeiro dia de aula da Medicina Guarujá

O que você faria caso se deparasse com o atropelamento de um ciclista por um automóvel no seu primeiro dia de aula na formação médica? Mil e uma hipóteses podem até passar pela cabeça, ainda mais quando a vontade de ajudar o próximo se concretiza por meio da escolha profissional. Foi justamente esse cenário que os ingressantes da primeira turma da Faculdade de Medicina de Guarujá encontraram nessa segunda-feira (25), data que marcou a chegada da Unoeste na Baixada Santista.

A simulação de acidente integrou uma programação diferenciada, que é realizada tradicionalmente com os calouros da graduação. O 2º tenente reformado do Corpo de Bombeiros, Osvaldo Natal Ramos, é docente da universidade e foi o responsável pela atividade. “A nossa intenção foi proporcionar aos alunos um entendimento de que os primeiros socorros são importantes”.

Ramos pontua que os acadêmicos foram pegos de surpresa com o cenário. “Em um primeiro momento, eles acharam que a situação era real, mas depois explicamos que era uma simulação e evidenciamos também a relevância do atendimento correto e de se possuir as habilidades necessárias para a prestação do socorro”.

A acadêmica Samar Abdul, 17, revela que a vontade de cuidar das pessoas superou a de cuidar dos animais e, por isso, mudou o foco da profissão de medicina veterinária para a medicina humana. “Comecei o primeiro dia de aula com o pé direito”, diz. A jovem aprovou as atividades propostas para o início da graduação. “Foi muito top! Sem falar nessa simulação, até achamos que era real e foi interessante visualizar quais atitudes tomar nesses casos”, revela a aluna, que elogiou a estrutura do novo campus da Unoeste.

O primeiro dia de aula também foi acompanhado de pertinho pelos pais dos ingressantes. É o caso da Conceição Ferreira Guglielmetti e de Silas Antonio, que vieram de São Vicente (SP) com o filho Junior. “Ficamos contentes em ver o carinho e o amor com os estudantes. Estamos confiantes de que vai dar tudo certo nessa trajetória acadêmica”, diz Conceição. “Escolhi uma profissão que me permita ajudar as pessoas e a medicina vai me proporcionar isso”, diz Junior. Ele também gostou da simulação de acidente que lhe possibilitou enxergar de que maneira um médico pode proceder. “Essa preocupação da instituição com uma formação humanizada me deixou muito animado. Quero me tornar um médico mais humano e acredito que aqui obterei o embasamento necessário para alcançar esse objetivo”, conclui.