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Acadêmicos tiram dúvidas sobre as possibilidades na medicina

Segundo dia da Semana Acadêmica abordou o tema: “Me formei, e agora?”


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Foto: Mariana Tavares Acadêmicos tiram dúvidas sobre as possibilidades na medicina
Atividade realizada no Teatro César Cava, nessa quarta-feira (10)

Concluir a graduação é o momento mais esperado pelos universitários, mas essa alegria vem acompanhada de uma aflição que com certeza atinge a todos. Afinal: me formei, e agora? Esse foi o tema do segundo dia da Semana Acadêmica de Medicina da Unoeste. Para ajudar os estudantes que logo passarão pelo mesmo impasse, o evento dessa quarta-feira (10) reuniu cinco profissionais da área para abordar assuntos diferentes que podem ser inspiração para os futuros médicos. Para finalizar a atividade, os convidados participaram da mesa-redonda para responder dúvidas dos participantes.
 
O ciclo de palestras teve início com o Dr. Gabriel de Oliveira Lima Carapeba, diretor das faculdades de Medicina da Unoeste, que falou sobre “A medicina e as Forças Armadas”. Formado pela universidade em 2007, ele conta que a sua turma foi escolhida para servir as Forças Armadas. “Tentei de toda maneira fugir, e escolhi fazer a residência em fisiatria primeiro, mas depois precisei fazer a inscrição. Lá estavam o tenente da Marinha e major do Exército. Por conta da minha área de atuação, acabei sendo disputado pelos dois, mas optei pela Marinha, onde eu era o único fisiatra”, relembra.
 
Contou que passou pelo treinamento intensivo e que na sua turma tinha várias mulheres, sendo que todas passaram pelo mesmo treinamento e tiveram o mesmo desempenho. Ele teve a oportunidade de ir para o Centro Industrial Nuclear de Aramar, que é uma base da Marinha em Sorocaba (SP), onde está sendo construído o submarino nuclear. “Estava num lugar que nunca imaginei na minha vida. Experiência incrível! Aprendi a seguir os pilares da Marinha, que são hierarquia e disciplina, e isso começa a fazer todo o sentido, porque o ambiente de trabalho se torna excelente. Não existem brigas, discussões... Todos se respeitam!”. Depois de seis meses na Marinha, Carapeba foi para o Hospital do Exército em São Paulo, onde ficou por mais seis meses, sendo responsável pela reabilitação física de todos os soldados da Marinha e do Exército que serviam a região da capital paulista. “Aprendi muito, sem contar que é muito bem remunerado. Valeu muito a pena todo esse aprendizado”. 
 
Foto: Mariana Tavares Profissionais participaram de mesa-redonda para responder perguntas dos acadêmicos
Profissionais participaram de mesa-redonda para responder perguntas dos acadêmicos
Na sequência da atividade, os médicos formados pela Unoeste e residentes em cirurgia geral pelo Hospital Regional (HR) em Presidente Prudente, doutores Adriana Carvalho Santos Nogueira e João Paulo Bueno Silva, falaram sobre “A realidade do residente”. Adriana conta que quando concluiu a graduação veio a dúvida do que faria. “Fui plantonista por cinco anos, mas percebi que ainda faltava alguma coisa e decidi pela cirurgia geral. Ser residente é ter resiliência, é respeitar hierarquia, é estar disposto e amar mais do que tudo o seu trabalho. Precisamos superar até nossas necessidades fisiológicas. Mas a recompensa chega e é muito gratificante”, ressaltou. Sobre estar numa área da medicina que ainda é predominada por homens, Adriana disse que nunca sofreu preconceito, pelo contrário, é muito respeitada por todos, e por ser mulher também tem alguns diferenciais, como estar atenta a detalhes estéticos nas cirurgias, por exemplo.
 
Bueno conta que logo no jantar de sua formatura, em 2016, recebeu a notícia de sua convocação para a Marinha. Iria para Ladário (MS), cidade que fica na divisa com a Bolívia. Lá ficou por um ano, e como trabalhava meio período, conseguia fazer plantões em Corumbá. Retornou a Prudente, foi para outras cidades ser plantonista, mas depois decidiu pela cirurgia geral. “A residência abriu muitas portas para mim. Ganhei muita experiência e hoje também sou plantonista da Santa Casa de Prudente”.
 
O oftalmologista Dr. Cláudio Vieira, um dos sócios do Visare Hospital de Olhos, prosseguiu com o tema “Vale a pena ter um consultório particular?”. Ele afirmou que o primeiro passo é ter residência e o título. “Para isso, é preciso estudar bastante. Depois, dependendo da área, é fundamental ter sócios, pois os custos de um consultório são altos. Mas tem que ter a consciência de que sociedade é como casamento, então precisa escolher bem”. Ele mencionou alguns gastos e destacou que atender planos de saúde é necessário, principalmente no início da carreira.
 
Encerrando o ciclo de palestras, Dr. Henrique Issa Artoni Ebaid, médico do HR, coordenador da Cardiologia, supervisor da residência médica em Cardiologia e atual presidente da coordenadoria em residências médicas, falou sobre “As Residências Médicas e Suas Dificuldades”. Segundo ele, os primeiros programas no Brasil surgiram em 1945. No HR começou em 1998 com Genecologia e Obstetrícia, e Pediatria. “Em 2019 já são 26 programas, com 97 vagas ao ano. Atualmente temos 200 residentes”. Ebaid explicou também sobre as provas de residência e como funcionam os programas, sendo que cada área tem suas especificidades.
 
Por fim, os convidados participaram da mesa-redonda para responder as dúvidas dos participantes.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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