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Cobra-coral: veneno pode ter uso em remédios de hipertensão

Pesquisador vinculado à Unoeste desenvolve estudo que tem projeção internacional com publicação científica


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Foto: Nelson Jorge Silva Jr. Cobra-coral: veneno pode ter uso em remédios de hipertensão
Espécie de cobra-coral cujo veneno tem potencial para medicamento para o tratamento da hipertensão

Estudo científico faz importante descoberta relacionada aos limites extremos da existência humana: vida e morte.  O mesmo veneno que pode matar, também pode salvar vidas: o da cobra-coral Micrurus l. lemniscatus, com potencial para o desenvolvimento de drogas destinadas ao tratamento da hipertensão, doença que mata um brasileiro a cada dois minutos, conforme a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH).

Potencial descoberto em estudo desenvolvido pelo Dr. Rafael Stuani Floriano, pesquisador vinculado à Unoeste. Resultado apresentado à comunidade científica internacional no artigo “Atividade cardiovascular do veneno de Micrurus lemniscatus lemniscatus (cobra-coral Sul-Americana)”, que acaba de ser publicado no periódico científico Toxicon, com sede na Escócia, no Reino Unido. Jornal oficial da sociedades Internacional de Toxinologia, Norte-Americana de Toxinologia e Brasileira de Toxicologia.

A pesquisa foi produzida na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Universidade de Strathclyde, em Glasgow, na Escócia, onde Floriano esteve de março de 2017 a fevereiro de 2018 e agora é o autor principal do artigo como um produto do seu pós-doutorado supervisionado pelos doutores Stephen Hyslop (Unicamp) e Edward G. Rowana (University de Strathclyde).

“O artigo também teve a participação de um dos principais herpetologistas do Brasil, o Dr. Nelson Jorge da Silva Jr., da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Goiás. O projeto foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp)”, conta Rafael e diz que a  pesquisa avaliou os efeitos cardiovasculares do veneno dessa espécie de cobra coral da Amazônia, em modelo de experimentação animal.

Foto: Marlene Reverte Dr. Rafael Stuani Floriano: autor da pesquisa que resultou em artigo com publicação internacional
Dr. Rafael Stuani Floriano: autor da pesquisa que resultou em artigo com publicação internacional

Ele comenta que a cobra-coral Micrurus l. lemniscatus corresponde à terceira espécie mais envolvida em acidentes em humanos causados por este grupo de serpentes. “A hipotensão causada pelo veneno de M. l. lemniscatus afeta predominantemente as funções endoteliais promovendo intenso relaxamento vascular, sem evidências de cardiotoxicidade. Este veneno apresenta-se como um potencial recurso natural para o desenvolvimento de drogas destinadas ao tratamento da hipertensão”, pontua.

Conforme o autor do estudo, esse é o primeiro artigo científico em 40 anos que volta a falar da sobre a atividade cardiovascular desse grupo de serpentes. A pesquisa também mapeou os mecanismos vasculares que são afetados, o que facilitará futuras investigações para identificar as toxinas responsáveis por esse fenômeno e para o desenvolvimento, pela indústria farmacêutica, de medicamentos com esse recurso natural.

Rafael é professor pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Unoeste que oferta mestrado; e leciona a disciplina de Farmacologia na graduação em Biomedicina da universidade. Na área científica atua com a linha de pesquisa em doenças crônicas e agravos à saúde com ênfase na toxicologia de venenos e toxinas animais.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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