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Consultor de TI aborda transformação digital na saúde

Palestra on-line reuniu profissionais e alunos da área; telemedicina e monitoramento remoto estiveram entre os assuntos 


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Foto: Reprodução Consultor de TI aborda transformação digital na saúde
Tacilio Ribeiro enfatizou que a tecnologia está aí e não tem volta, mas é preciso utilizá-la de forma responsável, com ética e segurança

O isolamento social, uma das principais medidas de prevenção nesta pandemia, ampliou a utilização de algumas ferramentas e quebrou paradigmas sobre o uso da tecnologia no serviço de saúde. Exemplo disso é a telemedicina e o monitoramento remoto, que tornaram-se mais popular neste período, pois foram esses recursos que possibilitaram a continuidade de acompanhamentos médicos, de fisioterapias, entre outros. Para ampliar o debate sobre o assunto, a Unoeste, por meio do Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Nats), realizou uma live gratuita, pelo Google Meet, com o consultor de Tecnologia da Informação (TI) Tacilio Ribeiro, nessa quinta-feira (17).

Com atuação na implementação de soluções tecnológicas em empresas de todos os portes e segmentos e também fundador da empresa Sustentare IT, Tacilio contextualizou o processo de transformação digital e os pilares tecnológicos que a sustentam, como o Big Data, Computação em Nuvem, Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT), entre outros. A partir desses conceitos, abordou sobre a telemedicina e o monitoramento a distância, bem como seus benefícios e barreiras. Ainda apresentou casos de empresas que estão investindo neste processo e que já possuem bons resultados.

Apesar de serem tecnologias que existem há tempos, mas que ganharam visibilidade na pandemia da Covid-19, o palestrante acredita que, agora, quem não praticá-la estará fora do mercado. Ressalta ainda que há inúmeras empresas e planos de saúde oferecendo esses serviços e, atualmente, o ponto negativo é a falta de acesso à internet de qualidade para a população. 

“Para se ter uma ideia, aproximadamente 50 milhões de brasileiros não possuem qualquer tipo de acesso à internet, segundo o IBGE. Logo, vejo muita dificuldade pela frente pois o que ninguém conta é que, dentro dos outros 150 milhões que possuem algum tipo de acesso, qual é o nível de qualidade desta internet? A transmissão de vídeos por exemplo, exige um mínimo de velocidade e estabilidade. Isso sim é preocupante. Estamos discutindo 5G enquanto que nem o 3G funciona direito, percebe? Planos comuns como os residenciais possuem grande deficiência e instabilidade para usufruir de toda essa tecnologia”, salienta.

Foto: Reprodução Live nessa quinta-feira (17), pelo Google Meet, reuniu profissionais e estudantes principalmente da área da saúde
Live nessa quinta-feira (17), pelo Google Meet, reuniu profissionais e estudantes principalmente da área da saúde

Aos estudantes, Tacilio pontua que as próprias universidades terão que introduzir temas específicos e atuais sobre tecnologia, independentemente do curso. “Um bom exemplo é a capacidade de se analisar dados e predizer, enxergar adiante através de tendências estatísticas para tomar decisões. Isso será fundamental num futuro bem próximo considerando um mundo digital e baseado em dados. Todos nós vimos a confusão que foi durante a pandemia a divulgação dos dados de contágio, dados geográficos, de cura, etc. Cada um interpretava de uma forma, cada um tinha a sua base de dados, a sua ‘verdade’ em vez de uma única fonte. E isto acaba levando à decisões muitas vezes equivocadas”.

Para completar, Tacilio enfatizou que a tecnologia está aí e não tem volta. Mas alerta que é preciso ser utilizada de forma responsável, com ética e segurança. “E só de pensar na otimização do tempo, tanto de profissionais quanto de pacientes ao usar a tecnologia à distância...quantos mais atendimentos poderão ser realizados? Redução de filas, faltas, etc. Mas volto a enfatizar, dependemos totalmente de uma internet de qualidade (e dispositivos) que seja acessível à toda a população”, finaliza.

A professora Dra. Edima de Souza Mattos, coordenadora do Nats, destacou a importância do tema e agradeceu ao convidado pela disponibilidade em compartilhar seus conhecimentos. A atividade também foi enaltecida pelo professor Dr. Luiz Euribel Prestes Carneiro, médico infectologista e vice-coordenador do Nats. Segundo ele, o objetivo foi debater um assunto que está no centro das atenções do mundo mesmo antes da pandemia. “A saúde muda conforme muda a sociedade, e a tecnologia é uma realidade. A verdade é que a telemedicina existe há anos, desde quando os profissionais passaram a fornecer seus contatos aos pacientes. Trata-se de mais uma alternativa”.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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