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Integração social da pesquisa é desafio para a pós-graduação

Pesquisadora entende que a produção científica deve alcançar a sociedade mediante atividades de extensão


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Foto: João Paulo Barbosa Integração social da pesquisa é desafio para a pós-graduação
Doutora Silvana Vidotti durante a palestra
Foto: João Paulo Barbosa Integração social da pesquisa é desafio para a pós-graduação
No público, presenças das doutoras e Zizi e Angelita
Foto: João Paulo Barbosa Integração social da pesquisa é desafio para a pós-graduação
Doutoras Silvana, Caroline e Raimunda


Ao proferir a conferência de abertura do IV Seminário de Pesquisa em Educação, a pesquisadora Silvana Aparecida Borsetti Gregório Vidotti, assessora da Pró-reitoria de Pós-Graduação da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de São Paulo discorreu na manhã desta quarta-feira (28), sobre tendências e desafios da pós-graduação stricto sensu no Brasil, aos alunos e professores do Mestrado em Educação da Unoeste. “A integração social está entre os propósitos dos gestores do ensino do país e os estudos da educação cada vez mais aderem a tais provocações. Espera-se que a produção científica seja utilizada em grande escala para beneficiar a sociedade, por meio das ações de extensão”, disse a palestrante.

Para a doutora Silvana, nesse contexto, quando se promove a difusão da pesquisa é preciso buscar o entendimento comum. O aconselhamento é que nesse momento a linguagem científica seja transportada para a coloquial, mas sem abandonar a riqueza daquilo que foi produzido em conformidade aos critérios de produção de conhecimento, entre os quais estão qualidade e seriedade.

Esse desafio é visto entre as tendências nas avaliações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) sobre a publicação de artigos científicos. A inserção social ganha relevância. A pesquisa levada para a comunidade pela extensão deve provocar um movimento circular, no qual, a sociedade recebe o benefício, faz o aproveitamento e possibilita o retorno para outros estudos.

Utilizando a ferramenta de dados georreferencial GeoCapes, a conferencista proporcionou ao seleto público um panorama da pós-graduação brasileira. Outro desafio reside na redução gradativa da disparidade entre as regiões. Assim, a prioridade na aprovação de novos programas de mestrado e doutorado contempla o norte, o nordeste e o centro-oeste. O fomento à pesquisa também segue essa proposta. A finalidade é equilibrar o número de produtos de conhecimento, de norte a sul e de leste a oeste.

Em que pese o crescente quadro de promoção da equidade – justiça e igualdade – verificada nos últimos anos, a maior parte da produção científica concentra-se na região sudeste, notadamente em São Paulo. As três universidades públicas paulistas respondem por 56%. Numa soma com as públicas federais e as particulares, o índice supera a 60% de tudo que é produzido no Brasil.

Na busca do governo federal pela igualdade, de 2008 para 2012 o maior número de novos programas ocorreu nas regiões menos providas, com um crescimento geral médio de 30,14%. Somente mestrados foram 19,42% a mais. Apenas doutorado – 47,22%. Programas com mestrado e doutorado – 29,60%. O maior índice ficou com o mestrado profissional: 81,19%, procurado por quem atua no mercado e pretende ir além da especialização, sem atrelar suas pretensões à vida acadêmica.

No Brasil existem 3.342 programas de pós-graduação stricto sensu. Pelos dados de 2012 são 203.717 alunos e 71.500 professores. Em produção científica, o Brasil ocupa o 13º lugar num ranking internacional que é liderado pelos Estados Unidos e em inovação é o 47º, onde na ponta está a Suíça. Levantamento sobre os egressos da pós revela que 80% estão inseridos na academia, 10% em institutos de pesquisas e 10% trabalham para empresas ou governos.

Numa fala específica para a comunidade acadêmica da pós Unoeste, ficou um conselho: o crescimento só é possível através de ações coletivas. Sugeriu maior número de publicações e envolvimento em congressos. Contou que nas instituições públicas não há financiamento de 100% para as viagens de cunho científico, mas que os pesquisadores aplicam recursos próprios e o entendimento é de que estão fazendo um investimento. Apontou caminhos para obtenção dos 100% que são a Capes e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

O aporte financeiro para realização de pesquisa tem ainda outra possibilidade que são as parcerias com empresas, mais comum nos mestrados profissionais e, entre as públicas paulistas, uma vocação da Unicamp. Durante a atividade desta quarta (28), estiveram presentes a coordenadora e vice-coordenadora do Mestrado em Educação da universidade, Caroline Kraus Luvizotto e Raimunda Abou Gebran, além das pró-reitoras de Pesquisa e Pós-graduação, Zizi Trevizan e de Extensão e Ação Comunitária (Proext), Angelita Lima.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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