Tecnologia contribui na discussão para produção de textos
Constatação é verificada em pesquisa com um grupo de jovens estudantes de um curso particular de redação
Em estudo científico desenvolvido junto ao Programa de Mestrado em Educação, vinculado à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste, Artemisa Piai Silva de Fernandez analisou as influências de uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) em grupo de discussão para a produção de textos dissertativos. Ao final, foram possíveis algumas constatações, como as de que o grupo de discussão auxiliou na aprendizagem colaborativa, ao proporcionar mais argumentos aos autores de textos; e que o desenvolvimento do pensamento crítico ficou evidente, conforme cada aluno pôde apresentar em seu texto escrito as articulações sobre o que estava dizendo, como e para quem.
Amparada em rica bibliografia, de autores como Paulo Freire e Luiz Antônio Marcuschi, a autora da pesquisa observou um grupo de seis estudantes de um curso particular de redação, com idades entre 18 e 25 anos. Os dados foram coletados com a aplicação de questionários, discussão em grupo e observação participante, na condição de professora do curso e com a utilização dos seguintes dispositivos: vídeos, internet e tecnologia móvel; culminando com a análise dos textos produzidos no gênero dissertativo. Foi adotada a metodologia qualitativa do tipo observação participativa.
Num primeiro momento, os alunos responderam ao questionário sobre o uso de tecnologias, permitindo diagnosticar a familiaridade com elas. Informações que direcionaram a escolha de ferramentas para uso pedagógico. No segundo, ocorreu a produção dos textos. No terceiro, a discussão em grupo, com a utilização dos dispositivos tecnológicos, sobre o tema proposto para a produção dos textos. No quarto momento foram coletadas pela professora as últimas produções temáticas, para análise em comparação com a primeira.
No quinto e último momento, houve a aplicação do questionário final, com a finalidade de verificar a percepção dos estudantes sobre o próprio desenvolvimento textual; sendo que para análise dos resultados foram criadas quatro categorias: 1- mudança de linguagem para norma culta da língua, 2- a aprendizagem colaborativa, 3- o desenvolvimento do pensamento crítico, e 4- indícios de autoria textual. A pesquisa serviu como embasamento para a construção da dissertação: “A Tecnologia de Informação e Comunicação e grupos de discussão para produção de textos dissertativos”.
A dissertação foi apresentada para avaliação em banca de defesa pública na tarde desta terça-feira (24), composta pela avaliadora Dra. Raquel Rosan Christino Gitahy e suas colegas Adriana Aparecida de Lima Terçariol e Sandra Fogaça Rosa Ribeiro, convidada pela Universidade Federal da Grande Dourados, no Mato Grosso do Sul. Artemisa foi aprovada para receber o título de mestre em Educação, outorgado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste.
Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste