Crianças na educação infantil criam regras em suas vivências

Estudo com foco cultural e da sociologia na infância – para detectar comportamento infantil escolar relacionado ao corpo, gênero e cultura visual – mostra que meninos e meninas, de forma muito sutil, escapam da rede de poder adulto dentro do espaço escolar. Fazem isso para experimentar seus corpos de diferentes formas e vivenciar diferentes situações com regras próprias, criadas dentro de seus universos culturais infantis, ora na linha, ora desalinhando.
 
A constatação da pesquisa foi anunciada no final da tarde desta quinta-feira (31) pela autora do estudo Narda Helerna Jorosky, ao fazer a defesa pública de sua dissertação junto ao Programa de Mestrado em Educação, vinculado à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste. Com orientação da Dra. Maria de Fátima Salum Moreira foi realizada a investigação científica sobre as concepções de corpo e beleza, incluindo seus entrelaçamentos com as relações de gêneros.
 
A autora do estudo ouviu pronunciamentos e registrou manifestações de meninos e meninas, de quatro e cinco anos, na condição de alunos de uma escola de educação infantil numa cidade do interior paranaense. Também utilizou amplo aporte teórico sobre o tema e aplicação de questionário com os pais. Houve momentos de interação entre a pesquisadora e as crianças, com atenção aos detalhes da composição espacial, de seus usos e relações com o lugar.
 
A produção científica de Narda passou pela avaliação das doutoras Maria de Lourdes Zizi Trevizan Perez e Constantina Xavier Filha, na condição de membro externo, convidada pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande, com sua participação por meio eletrônico. Narda foi aprovada para receber o título de mestre em Educação, na sessão pública no prédio da Pró-reitoria, no campus II da Unoeste.