Jornada de Psicologia discute grandes temas até 30 de abril

A 29ª Jornada de Psicologia da Unoeste, iniciada na segunda-feira (25) e que vai até o próximo sábado (30), é uma grande hora para reunir acadêmicos, professores e profissionais em amplas discussões, apresentadas no formato de duas mesas-redondas, seis minicursos, três palestras e trabalhos de conclusão dos estágios do 10º termo. Nestes momentos, os estudantes conseguem se informar de uma forma diferente sobre as mais variadas áreas de atuação do psicólogo.

Psicóloga especialista em psicoterapia cognitivo-comportamental e mestranda em psicologia forense pela Universidade Tuiuti do Paraná, Lívia Pinho Teixeira ministrou um minicurso sobre comportamento moral no Auditório Primavera (campus II). “O comportamento moral é uma grande classe de comportamentos, é o desenvolvimento de várias virtudes, como honestidade, amizade, obediência, senso de justiça e generosidade”, contextualiza a palestrante. Ainda conforme explanação da psicóloga aos universitários, o objetivo dos profissionais, portanto, é desenvolvê-lo principalmente em crianças que estão em situação de risco ou não.

Outro dos minicursos, “Psicologia e Povos Indígenas: Desafios da Prática Psicológica”, realizado no Auditório dos Ipês (campus II), foi conduzido por Juliana Dal Ponte Tiveron, doutoranda em psicologia pela USP. “Geralmente não se pensa sobre isso, as pessoas não conhecem uma aldeia sequer”, fala a psicóloga, que veio à Unoeste com três índios Kaingang, tribo na qual faz pesquisa científica. Apresentou um panorama histórico e contemporâneo dos indígenas no Brasil, demonstrando que a importância deles é enorme, sendo que há mais de 800 mil remanescentes indígenas no país, pertencentes a 305 etnias e falantes de 274 línguas.

A mesa-redonda de abertura da jornada, “Mente, corpo e sociedade: as facetas indissociáveis da integralidade humana”, foi conduzida pelos professores Dr. Felipe Viegas Rodrigues, Dr. Ricardo Eleutério dos Anjos e Igor Costa Palo Mello. “Esses aspectos são indissociáveis quando conceituamos o psiquismo humano, que é a imagem subjetiva da realidade objetiva. Essa representação mental é formada no cérebro a partir de um sistema complexo, constituído de funções psicológicas que se desenvolvem a partir da complexidade da atividade social”, discursa Eleutério. Então, segundo o docente da Psicologia da Unoeste, o cérebro é tanto condição quanto produto da atividade social.