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Experimento com célula tronco busca cura de olho seco em cão

Pela primeira vez um tratamento experimental ocorre por via tópica, evitando aplicação de anestesia


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Foto: João Paulo Barbosa Experimento com célula tronco busca cura de olho seco em cão
Consulta a um dos cães já inseridos na pesquisa, pela Dra. Silvia
Foto: João Paulo Barbosa Experimento com célula tronco busca cura de olho seco em cão
Avaliação do estado clínico do animal, pela doutoranda Danielle
Foto: João Paulo Barbosa Experimento com célula tronco busca cura de olho seco em cão
Célula-tronco por via tópica: maneira prática e confortável para o animal

A ceratoconjuntivite seca, mais conhecida como olho seco, é uma doença que não tem cura. Existe apenas tratamento, com o controle mediante uso de colírios em aplicação contínua, pelo resto da vida. Estudos com a utilização de células-tronco em cães, que visam encontrar a cura, ocorrem com aplicação injetável na glândula da terceira pálpebra. Para isso, o animal tem que ser anestesiado. Pela primeira vez está sendo feito um experimento por via tópica, que é uma maneira prática e confortável para o animal; conforme a autora da pesquisa, a médica veterinária especialista em oftalmologia e professora da Unoeste Dra. Silvia Maria Caldeira Franco de Andrade.

O estudo é desenvolvido no Hospital Veterinário da universidade em parceira com o Regenera Sten Cells, de Campinas (SP). Sabedores dos estudos sobre tratamento do olho seco, que a pesquisadora vem fazendo na universidade nos últimos sete anos, dirigentes do laboratório de biotecnologia, por intermédio da também pesquisadora Dra. Maura Bittencourt, entraram em contato e fizeram a proposta de doação das células-tronco, que tem o custo R$ 1,5 mil por aplicação. Para cada animal são quatro aplicações, com intervalos de uma semana ou 15 dias. Três cães já estão recebendo o tratamento, mas o interesse é fazer o experimento com 20 animais.

A captação de animais abre para a comunidade de Presidente Prudente (SP) e cidades circunvizinhas a oportunidade de encaminhar animais com sinais clínicos da doença, tais como secreção mucopurulenta (que contém pus), opacidade e pigmentação de córnea e irritação ocular constante. Para serem inseridos no tratamento, os cães passam por exame para comprovar a doença. A pesquisadora explica que, às vezes, ocorre confusão com a conjuntivite bacteriana; daí a necessidade de testes oftalmológicos específicos.  Outra condição é a de que o proprietário se comprometa a levar e buscar o animal no hospital, a cada aplicação; e, depois, no acompanhamento uma vez por mês, durante cinco meses.

A estimativa é de que o resultado do experimento seja conhecido em dois anos, a contar do início de 2016. Foi quando começou a pesquisa de doutorado da médica veterinária Danielle Alves Silva, bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e do farmacêutico Marcos Rogério Sgrignoli, professor do curso de Estética e Cosmética da Unoeste. Também estão envolvidos os residentes do Hospital Veterinário, Felipe Franco Nascimento, Heloise Rangel Dinallo e Bruna Foglia; e ainda os alunos da graduação em processo de iniciação científica Wellington Botti Cabrera e Elaine Carrion de Fares.

Silvia explica que talvez não encontre a cura, mas a aplicação de células-tronco não fará mal aos cães. Caso seja esse o resultado, os animais poderão ser redirecionados para estudos de tratamento, se existir o interesse do proprietário; de acordo com a pesquisadora com mestrado e doutorado na Unesp em Botucatu, que fez pós-doutorado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), possui especialização em oftalmologia veterinária pela Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa-SP) e graduada em Alfenas (MG).

Com 28 anos de trabalho na Unoeste, Silvia atualmente responde pelo setor de clínica médica de pequenos animais no Hospital Veterinário, leciona na graduação de Medicina Veterinária, na pós-graduação lato sensu e no Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciência Animal, vinculado à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação e que oferta mestrado e doutorado. Dentre suas publicações estão vários artigos científicos em revistas internacionais e nacionais e o Manual de Terapêutica Veterinária, editado pela primeira vez em 2008 e que está na terceira edição pela Editora Roca.

Serviço – Proprietários de animais com sintomas da doença e que tenham interesse no tratamento devem levá-los ao Hospital Veterinário na segunda ou sexta-feira, das 13h30 às 16h30. Contato por telefone no: (18) 3229-2035.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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