Ferramentas virtuais otimizam o aprendizado de enfermagem

A utilização de Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) cria condições favoráveis aos processos de ensino e de aprendizagem em curso presencial de enfermagem, de acordo com estudo científico desenvolvido pela enfermeira Amanda Delibório, orientado pela Dra. Adriana Aparecida de Lima Terçariol e realizado no Programa de Mestrado em Educação da Unoeste. A pesquisa possibilitou a constatação de vantagens, mas também permitiu verificar a existência de algumas dificuldades, tanto por parte dos professores quanto dos alunos. Porém, com prevalência dos aspectos positivos.

O estudo de caso ocorreu de fevereiro a abril do ano passado com 12 professores, os quais responderam questionários e concederam entrevistas. Foram pontuadas questões sobre o AVA e seus recursos; o avanço repositório de materiais de apoio com o envio de arquivos (textos e vídeos); o ambiente como meio de interação, meio de comunicação e como ferramenta de disponibilização da produção de alunos e também de avaliação. A totalidade dos professores disse ter escolhido recursos que são mais práticos, como é o caso de envio de arquivos, por uma questão de tempo.

O tempo do professor, atrelado às horas aula, e o tempo do aluno que estuda num período e trabalha em outro, inclusive para custear os estudos. Para alguns, de ambas as partes, existe a dificuldade em utilizar as novas tecnologias, por não terem o domínio ou pela falta da disponibilidade de equipamentos fixos ou móveis. Existem também a dificuldade decorrente da formação tradicional docente e discente, bem como dos professores que têm resistência às novas tecnologias, falta de familiaridade com as ferramentas, comodismo e discordância de que toda atividade deva ser pontuada.

Em contrapartida, o AVA favorece a construção da aprendizagem ativa, possibilitando ao aluno receber o conteúdo antecipado e, com isso, ir para a aula preparado para as discussões; o que apresenta apelo maior à reflexão em relação às tradicionais aulas expositivas. O estudante com o processo de construção da autonomia acadêmica. Os processos de ensino e de aprendizagem são facilitados por vídeos ou animações que chamam mais a atenção dos alunos. As relações interpessoais promovem uma comunicação mais aberta, que não se restringe à sala de aula.

O ambiente virtual estimula a reflexão sobre a prática do enfermeiro que em sua rotina de trabalho irá utilizar prontuários eletrônicos. Também são várias as ferramentas capazes de articular teoria e prática, na medida em que facilita o emprego de teorias com uma discussão mais ampla sobre as práticas; o que nem sempre é possível em sala de aula. Outra contribuição é a de articular as metodologias ativas, mediante a extensão da aula presencial. Há motivação para com o aprendizado e o favorecimento à avaliação formativa, aquela em que o professor interfere no percurso do aluno duramente os processos de ensino e de aprendizagem; não no final, durante ou após avaliação.

A defesa pública de dissertação de Amanda, na tarde desta segunda-feira (27), teve na banca examinadora, juntamente com sua orientadora Adriana, as doutoras Raquel Rosan Christino Gitahy e Ana Maria Osório Araya, convidada junto à Unesp em Presidente Prudente.  Ocorreu a aprovação para que a enfermeira receba o título de mestre em Educação, outorgado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG) da Unoeste. Amanda atua no cargo de diretora da Vigilância Sanitária, do Controle de Vetores e Zoonoses da Prefeitura de Lucélia (SP).