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ILPF é uma alternativa de agronegócio sustentável

Modelo de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) foi foco de Reunião Técnica e Dia de Campo


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Foto: Gabriela Oliveira ILPF é uma alternativa de agronegócio sustentável
Mais de 500 pessoas participaram da Reunião Técnica realizada no Espaço Solarium
Foto: Gabriela Oliveira ILPF é uma alternativa de agronegócio sustentável
Dia de Campo ocorreu na Fazenda Campina, localizada em Caiuá
Foto: Gabriela Oliveira ILPF é uma alternativa de agronegócio sustentável
Pesquisadores da Embrapa Cerrados destacam a importância da ILPF

“Neste ano, o Brasil assinou na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), o Acordo de Paris que tem como meta adotar a Integração Lavoura, Pecuária, Floresta (ILPF) em 5 milhões de hectares do país. Para cumprirmos esse compromisso, buscamos conhecer experiências que apoiam os sistemas integrados”. A afirmação provém do Dr. Valdemar Rodrigues, diretor do Departamento de Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, durante a abertura da Reunião Técnica ILPF, realizada na noite desta quinta-feira (18), no Espaço Solarium, campus II da Unoeste. Essa atividade integra a 3ª edição do Dia de Campo ILPF, realizado nesta sexta-feira (19), na Fazenda Campina em Caiuá (SP). O projeto, que reuniu nos dois dias mais de mil pessoas, é promovido pela Unoeste em parceria com Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Grupo CV (Carlos Viacava) e a Cooperativa Agroindustrial (Cocamar).

A solenidade inicial da reunião técnica teve na composição da mesa principal os representantes da Unoeste, Guilherme de Oliveira Lima Carapeba (pró-reitor administrativo), Dr. Adilson Eduardo Guelfi (Pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação, Extensão e Ação Comunitária) e Dr. Carlos Sérgio Tiritan (coordenador de Agronomia); do Grupo CV, Carlos Viacava; da Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores, Raysildo Barbosa Lôbo (presidente); da Cocamar, Renato Watanabe (coordenador de ILPF); da Embrapa Cerrados, Cláudio Takao Karia (chefe geral); Embrapa Sudeste, André Novo (chefe de transferência de tecnologia), Associação Brasileira do Agronegócio, Francisco Matturo (vice-presidente) e, John Jeere, João Pontes (chefe geral).

No local, produtores rurais, acadêmicos e pesquisadores assistiram a palestras, dentre elas, a “Visão macroeconômica da ILPF no Brasil”, ministrada pelo economista e ex-secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, Eduardo Pereira de Carvalho. “Os sistemas integrados permitem ao pecuarista utilizar a base territorial de uma forma muito mais intensa durante o ano todo, elevando de forma considerável a sua lucratividade, já que ele pode aproveitar melhor a sua terra”. Pontua que a ILPF é um processo lento que requer interação entre técnicos, produtores, universidade e poder público. “O que eu acho notável aqui é essa aliança entre a Unoeste, Embrapa e Cocamar junto aos produtores que pode tornar possível a recuperação dos solos degradados do oeste paulista”, considera Carvalho.

Matturo, vice-presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), destaca que a universidade é a primeira instituição de ensino a adotar na grade curricular do curso de Agronomia a disciplina ILPF. “Essa postura serve de exemplo para outras instituições, pois profissionais formados aqui estarão aptos a auxiliar o homem do campo na adoção de tecnologias capazes de agregar renda”.

Para o Dr. Guelfi, da Unoeste, o trabalho da instituição pode ser visualizado em eventos como a reunião técnica e o dia de campo. “Momentos como esse são capazes de agregar ensino, pesquisa e extensão. É importante lembrar que para contribuir com a ILPF no oeste paulista, nós já desenvolvemos o nosso próprio sistema de integração, batizado como Sistema Santa Ana (SSA)”,

Dia de Campo – Mais de 500 pessoas estiveram nesta sexta (19) na Fazenda Campina em Caiuá (SP), para conhecer de perto os resultados obtidos por meio da ILPF. Inicialmente, o coordenador de ILPF da Cocamar, Renato Watanabe, relatou sobre um modelo de parceria sustentável. Em seguida, os participantes foram encaminhados para as estações no campo. Na primeira estação conduzida pelos pesquisadores da Embrapa Cerrados, João K. e Luiz Adriano Maia Cordeiro, foi apresentada a ILP e ILPF como alternativas de sustentabilidade agropecuária nos solos arenosos. Na segunda estação, Juliano Roberto da Silva, zootecnista do Grupo CV, pontou a revolução da atividade agropecuária da propriedade. Na terceira estação, Diogo Cardoso Rojas, engenheiro agrônomo da Cocamar e Paulo Claudeir Gomes da Silva, docente da Unoeste, falaram sobre como iniciar o sistema ILPF em uma propriedade. Por fim, na última estação, houve a apresentação dos animais que serão expostos no 61º Leilão Nelore Mocho CV, realizado no domingo (21).

Neimar Rotta Nagano, docente da Unoeste e integrante da comissão organizadora, discorre que toda a logística do evento contou com a participação dos acadêmicos do 7º termo de Agronomia, por meio da disciplina de Extensão Rural. “Atividades assim proporcionam um contato ímpar com produtores e pesquisadores, contribuindo, ainda, para o aprendizado e futura atuação profissional”.

Fábio Tonus, gestor da Kaiser Agro, veio de São José do Rio Preto (SP) para participar do evento. Ele conta que a empresa em que atua fornece mudas de seringueira, mogno africano, cedro australiano e eucalipto para produtores de ILPF. “Essa iniciativa foi de extrema relevância para o negócio em que atuo, pois me permitiu conhecer um pouco do trabalho que é realizado no oeste paulista e estabelecer contato com pecuaristas e agricultores”.

De Mato Grosso do Sul, Donizete Vieira Cintra veio de Batayporã, junto com um grupo de produtores das cidades de Ivinhema e Nova Andradina. Ele conta que foi a primeira vez que visitou a Unoeste e a fazenda Campina. Criador de gado (leite/corte) e produtor de soja, diz que não utiliza nenhum sistema integrado. “Pretendo melhorar a minha produtividade e, por isso, busco atividades que podem me ajudar a levar novas tecnologias para a minha propriedade”.

Parcerias – Representantes de diversos lugares reafirmaram a importância da parceria mantida com a Unoeste, no trabalho de ILPF. “Estamos em sete pesquisadores da Embrapa Cerrados, um da Pecuária-Sudoeste e três da Pecuária Oeste de Dourado (MS). Para nós, como instituição pública, é muito importante essa relação estreita com instituições de ensino, cooperativas e produtores rurais, pois só assim será possível mudar a realidade da nossa agricultura e pecuária”, diz o chefe geral da Embrapa Cerrados, Cláudio Takao Karia.

“Eu acho que o desenvolvimento no campo só vai acontecer com o estímulo dessas parcerias público-privadas. Conhecendo o trabalho da Unoeste, estreitamos o nosso relacionamento para que, assim, possamos levar para outras regiões o trabalho que ela tem feito aqui no oeste paulista”, comenta João Pontes, diretor geral da John Jeere.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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