Estudo analisa professora e alunos sobre a autorregulação

Em pesquisa que compreendeu três estudos, a professora com formação em letras Carmem Silvia Lima Fluminhan buscou encontrar caminhos que promovam a autorregulação, através de experiência com uma professora e seus alunos do ensino fundamental. Os estudos compreenderam o que se tem pesquisado sobre o assunto, se os alunos recorrem ao uso adequado das estratégias para o processo de aprendizagem e análise das ações da professora para promover a autorregulação, pela qual perpassa as obrigações para com os deveres.

No primeiro estudo, em síntese, a constatação foi a de que os estudos científicos sobre autorregulação têm como abordagem predominante a Teoria Social Cognitiva. O segundo estudo envolveu 16 alunos do 6º ano do ensino fundamental em uma escola pública paulista. Após um período de intervenção acerca da autorregulação da aprendizagem, houve a constatação de que os alunos não recorrem às estratégias de modo satisfatório no momento do estudo, conforme dados obtidos pela Escala de Avaliação das Estratégias de Aprendizagem para o Ensino Fundamental (Eavap-EF).

No terceiro estudo, em relação à professora, houve a constatação de que deve atuar explicitamente como mediadora no desenvolvimento das habilidades cognitivas e metacognitivas com vistas ao desenvolvimento e ao fortalecimento de uma aprendizagem autorregulada. A perspectiva da professora é de que os alunos revelaram-se mais conscientes de suas responsabilidades frente à própria aprendizagem e sobre o uso de estratégias autorregulatórias.

Foto: João Paulo Barbosa

Os estudos foram desenvolvidos junto ao mestrado em Educação, vinculado à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG) da Unoeste, com orientação da Dra. Camélia Santina Murgo. A dissertação foi levada à defesa pública na tarde desta quarta-feira (12), diante da banca examinadora que recebeu os doutores Alex Sandro Gomes Pessoa e José Aloyseo Bzuneck, da Universidade de Londrina (UEL). Houve a aprovação para Carmem receber o título de mestre em Educação.

Ensino de leitura – Pesquisa para identificar a formação de 12 professores visando tematizar o ensino de leitura de textos literários, teve uma delas selecionada entre seus pares para que duas de suas aulas de literatura fossem filmadas. Por meio de entrevista semiestruturada e da tematização da prática docente, a partir do uso da filmagem, foram identificados dados importantes para o estudo de três aspectos conteudísticos, no estudo desenvolvido pela pedagoga especialista em gestão escolar e gestão de currículo Tatiane Andrade de Moraes.

Os dados foram sobre a identificação da formação e das práticas das professoras; o trabalho com os textos literários em sala de aula; e a reflexão docente sobre as próprias práticas de ensino da literatura. Resultados que podem contribuir para quem leciona no ensino fundamental e utiliza um trabalho pedagógico mecanicista de leitura da literatura que deve dar lugar a uma prática pedagógica de enfoque histórico-cultural (bakhtiniano e vygotskyano).

Um enfoque que ressalta o contexto situacional dos textos no ato da leitura e que valoriza o enfoque estético da Arte Literária como processo filosófico e social de substantivação dos sentidos da realidade anunciada ou denunciada pela literatura. A dissertação recebeu o título “A tematização da prática pedagógica como estratégia formativa: possibilidades de construção do saber docente sobre o ensino de leitura literária”.

A defesa pública da dissertação de Tatiane foi feita na manhã desta quinta-feira (13), com a banca examinadora composta pelas doutoras Maria de Lourdes Zizi Trevizan Perez (orientadora), Carmem Lúcias Dias e Renata Junqueira de Souza, da Unesp em Prudente. Houve a aprovação para que Tatiane receba o título de mestre em Educação.