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Professores mediadores sofrem limitação para inibir conflito

Falta suporte do programa estadual, de gestores e corpo docente; mas ainda assim ocorrem alguns avanços


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Foto: João Paulo Barbosa Professores mediadores sofrem limitação para inibir conflito
Murilo Delanhesi de Oliveira: aprovado para receber o título de Mestre em Educação

Criado em 2010 pelo governo paulista para combater violência, o programa Sistema de Proteção Escolar resultou na função docente denominada Professor Mediador Escolar e Comunitário (PMEC). Um estudo científico realizado no Mestrado em Educação, ofertado pela Unoeste, constata a existência de limitação para inibir conflito, basicamente pelos seguintes motivos: falta de suporte do programa, de gestores e corpo docente. Todavia, pela dedicação pessoal do professor tem sido possível realizar algumas ações expressivas, com bons resultados, conforme pontua o autor da pesquisa, o advogado trabalhista Murilo Delanhesi de Oliveira.
 
Levantamento de dados por meio de documentos, aplicação de questionário para 28 mediadores e realização de entrevistas com outros dois em uma escola estadual paulista, possibilitaram levantar questionamentos sobre o que é violência, a percepção de violência no espaço escolar, limitações e potencialidades do programa, ações e projetos escolares e avaliação do trabalho. Os mediadores encontraram dificuldades em conceituar violência, apresentando explicações genéricas e imprecisas, inclusive sobre as formas de manifestação. Quando há percepção ocorre a culpabilização das famílias e estigmatização dos alunos e seus familiares também.
 
Sobre as limitações, apresentaram a falta de apoio das famílias, de gestores e corpo docente. Quanto às potencialidades, destacaram a importância do envolvimento da coletividade escolar na medição dos conflitos e o fato do aluno ter responsabilidade. Sobre as ações e projetos, evidenciaram o combate ao bullyng, à prevenção ao uso indevido de drogas, a promoção da autoestima, a atuação de psicólogos em extensão universitária, participação de grupo de jovens cristãos e as contribuições do grêmio estudantil.
Foto: João Paulo Barbosa Oliveira com os doutores Fátima, Danielle, Carmen e Prado
Oliveira com os doutores Fátima, Danielle, Carmen e Prado

 
Quanto à avaliação, apontaram para a necessidade de orientar os pais, conversar com os alunos e realizar projetos. Sobre os resultados, manifestaram que existem alunos mais conscientes, que houve redução de ocorrências e que tem acontecido melhora no ambiente escolar. Sobre o escopo do programa contemplar, na prática reparativa verificou-se que ainda são adotadas medidas punitivas, a exemplo da aplicação de suspensão do aluno. Quanto à preparação do mediador, em educação continuada, com o tempo foi ocorrendo à redução de cursos na Diretoria Regional de Ensino e em 2017 ainda não ocorreu nenhum.
 
A dissertação resultante do estudo foi levada à defesa pública na tarde desta sexta-feira (9), com a banca composta pelos doutores Danielle Aparecida do Nascimento dos Santos (orientadora), Maria de Fátima Salum Moreira (co-orientadora), Carmen Lúcia Dias e Vagner Matias do Prado, convidado junto a Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Oliveira foi aprovado para receber o título de Mestre em Educação, outorgado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG) da Unoeste.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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