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Modelo possibilita avaliar infecção de peixes por parasitas

Matriz experimental é desenvolvida em pesquisa e ineditismo pode contribuir para publicação internacional


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Foto: João Paulo Barbosa Modelo possibilita avaliar infecção de peixes por parasitas
Alini Soriano Pereira durante a apresentação da dissertação
Foto: João Paulo Barbosa Modelo possibilita avaliar infecção de peixes por parasitas
Banca durante arguição e constatações sobre o trabalho
Foto: João Paulo Barbosa Modelo possibilita avaliar infecção de peixes por parasitas
Alini com os doutores Santarém, Giuffrida e Elizabeth


Pesquisa cria modelo experimental para avaliar infecção de peixes por parasitas toxocara canis, causadores de zoonoses. Estudo é feito com a tilápia. Espécie amplamente consumida crua, em prato clássico da culinária japonesa: o sashimi. É muito encontrada em pesque-pague de Presidente Prudente e região. Também é a mais produzida na aquicultura brasileira. Constatou-se que o parasita não se desenvolveu na tilápia, como ocorre em outros hospedeiros.

A toxocara em bois e aves migra do intestino para outras partes do corpo do animal e pode – pelo consumo de carne crua – causar sérios problemas de saúde em humanos, das seguintes ordens: hepático, neurológico, cardíaco, pulmonar e oftálmico; conforme o orientador da pesquisa doutor Vamilton Álvares Santarém, também coordenador do mestrado em Ciência Animal da Unoeste, onde a pesquisa foi desenvolvida pela biomédica Alini Soriano Pereira.

“Mesmo com o parasita não tendo se desenvolvido, o que representaria a migração das larvas para a carne, não se pode descartar a possibilidade de zoonose, pois talvez possa ter passado pelo intestino e liberada nas fezes”, comentou Santarém e disse que o mais importante dessa investigação científica foi o desenvolvimento do modelo experimental que poderá ser usado em outras pesquisas, inclusive em peixes de outras espécies.

O estudo foi feito no Biotério Experimental da Unoeste no período entre o final de 2011 e começo de 2012, com 49 tilápias-do-nilo com pesos entre 100 e 150 gramas, divididas em dois grupos. Destas, 35 foram infectadas e 14 ficaram de fora, para controle. As análises ocorreram em sete momentos. Houve a utilização do Método de Baermann para análise parasitológica, além da análise direta microscópica. De acordo com a autora da pesquisa não foi encontrada a migração de toxocara.

Na condição de membro da banca avaliadora, a doutora Elizabeth Moreira dos Santos Schimidt, convidada junto ao campus da Unesp em Botucatu, classificou a pesquisa como trabalho de relevância na área de saúde pública, por tratar de possíveis fontes de infecção de zoonoses, de doenças que os animais podem transmitir para o ser humano. “Foi proposto um modelo que pode ser utilizado em pesquisas futuras e desenvolvido um método e isso é bom”, afirmou.

Outro integrante da banca foi o doutor Rogério Giuffrida, professor da Unoeste. “É um trabalho inédito sobre a possibilidade do consumo de peixe oferecer algum risco. O interessante é que foi construído um modelo experimental que abre portas para pesquisas sobre a infecção humana a partir do consumo de peixe cru”, comentou Giuffrida.

Formada biomédica na Unimar, moradora de Presidente Epitácio e trabalhando para o Instituto Adolpho Lutz em Prudente, Alini foi aprovada para receber o título de mestre em Ciência Animal, junto à Pró-reitoria de Pós-graduação da Unoeste, com a produção da dissertação “Infecção Experimental de Tilápia-do-Nilo (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1757) por Toxocara”. O ineditismo da pesquisa pode contribuir para a publicação de artigo em revista científica internacional, conforme Santarém.

Notícia disponibilizada pela Assessoria de Imprensa da Unoeste

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